Mais uma suspeita de sarampo causou problemas a um equipamento de saúde em Belo Horizonte. Desta vez, um bebê de nove meses com sintomas da doença forçou a administração do Hospital Infantil São Camilo, no Bairro Floresta (Região Leste) a fechar, temporariamente, o 5º andar da unidade nesta sexta-feira (30).
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O protocolo prevê a suspensão de admissão de novos pacientes, verificação da situação vacinal de todas as pessoas que estão dentro da unidade e aplicação de doses para quem ainda não foi imunizado. Além disso, é feita uma completa desinfeção do espaço.
O paciente deu entrada no São Camilo durante a tarde, foi medicado e liberado. Por volta das 21h30, a Vigilância Sanitária começou a liberar os outros pacientes e acompanhantes que estavam no andar.
Outras unidades
O sarampo provoca, além do medo da população de ser infectada pelo vírus, transtornos em Belo Horizonte. Desde de 21 de agosto, a capital mineira precisou interromper o atendimento por 20 ocasiões nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
A primeira interdição parcial aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul. O paciente, que tinha chegado de São Paulo, teve a confirmação preliminar da moléstia. De acordo com a prefeitura, a interdição de cada unidade leva duas horas, em média.
Vacinação
Desde a última terça-feira (27), pessoas que passam pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão sendo vacinados. A Secretaria de Estado da Sáude de Minas Gerais (SES-MG) montou sala de vacinação para a aplicação da vacina contra o sarampo.
A ação temporária durará 15 dias, de segunda a sexta, de 9h às 16h.
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) também reforçou a imunização. Foram disponibilizados 13 mil doses de vacina contra o sarampo para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Serão contempladas todas as escolas municipais que contam com turmas da EJA.
Com João Henrique do Vale