O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga supostas irregularidades nas provas do concurso da Guarda Municipal de Belo Horizonte realizadas em 18 de agosto. Conforme a instituição, "foram recebidas duas representações a respeito do concurso, as quais geraram duas Notícias de Fato no MPMG - procedimento de apuração inicial, por meio do qual se buscam elementos que justifiquem ou não a instauração de inquérito civil".
Entre as denúncias de fraude no concurso, que atraiu 84 mil concurseiros, há "uso de telefones celulares e captura de imagens das salas de prova e das folhas para preenchimento de gabaritos".
A Guarda Municipal informou, neste domingo (1) que não vai se manifestar a respeito do assunto, deixando as informações a cargo da Fundação Guimarães Rosa, empresa terceirizada contratada em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte para organização dos concurso. A expectativa é de que o resultado seja divulgado nas próximas semanas. A data marcada também está a cargo da entidade organizadora.
Responsável pelo concurso, a Fundação Guimarães Rosa, em nota, informa sobre cada suposta irregularidade no concurso para Guarda Municipal. No caso de uso de celulares, "os casos constatados, durante o período de realização das provas, foram registrados em ata e os respectivos candidatos eliminados, nos termos do edital".
Sobre a captura de imagens em local de prova e de folha de resposta, a informação é de "apenas um fato isolado foi identificado e já está em apuração pela Fundação Guimarães Rosa". O terceiro aspecto se refere ao rascunho do gabarito: "O gabarito constante no Caderno de Prova poderia ser levado pelos candidatos a partir das 16h30, conforme subitem 9.1.7.44.1 do edital. No entanto, o rascunho individual foi disponibilizado pela coordenação, para os candidatos que saíram antes do período indicado".
Inscritos
Dos 84 mil concurseiros inscritos, apenas 500 têm vaga garantida, sendo 100 reservadas para mulheres e 400 para homens. De acordo com Guarda Municipal, haverá um cadastro de reserva com 1,5 mil nomes.
A prova foi constituída por 50 questões, sendo 10 de língua portuguesa, 20 de legislação, 5 de noções de informática; 8 de noções de geografia urbana e 7 sobre a história de Belo Horizonte. Para o candidato ser aprovado, ele precisa obter, no mínimo, 60% dos pontos, sem zerar qualquer categoria avaliada.