Equipes da Polícia Militar (PM) realizam buscas na tentativa de localizar e prender tres presos que fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, na madrugada desta segunda-feira, após serrarem as grades da cela onde estavam recolhidos. A fuga foi confirmada, por meio de nota, pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que também informou que a direção da unidade instaurou procedimento para apurar as circunstâncias do fato.
A Sejusp confirmou que escaparam da unidade de segurança máxima os detentos Deivison Oliveira Santos, de 28 anos; Warley Miranda de Oliveira, de 34; e Jan Gomes de Souza, de 31. Eles foram condenados homicídio, latrocínio – roubo seguido de morte, tráfico de drogas e outros crimes. Foi a primeira fuga na Penitenciária Máxima de Francisco Sá desde que a unidade prisional foi inaugurada em 2004. O presídio foi projetado para receber, no máximo, 332 detentos, em celas individuais. No entanto, enfrenta o problema da superlotação. A Sejusp alega que, por razões de segurança, não informa a lotação atual da unidade. Mas, ela estaria com mais de 400 detentos.
A penitenciária fica localizada a 12 quilômetros da área urbana, próxima ao distrito de Cana Brava. Ainda não se sabe se os fugitivos tiveram alguma ajuda externa. Em 29 de abril de 2013, houve uma tentativa de resgate de presos da unidade, ao serem levados para atendimento médico numa policlínica de Francisco Sá. Os criminosos foram perseguidos e dois deles foram mortos em troca de tiros com a PM, numa estrada vicinal de Francisco Sá, após tentarem atingir um helicóptero da PM com tiros de fuzil.
Dos três detentos que escaparam na madrugada desta segunda, Warley Miranda de Oliveira, o “Bebê”, foi condenado por ser um dos envolvidos na morte do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, ocorrido em outubro de 2013, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Deivison Oliveira Santos, condenado por homicídio e roubo, é um “especialista” em fugas, tendo escapado tres vezes da Cadeia Pública de Rio Pardo de Minas. Ele tinha conseguido fugir da cadeia de Rio Pardo pela última vez em novembro de 2016, quando foi recapturado logo em seguida, ao tentar pegar “carona” a beira da LMG 631, estrada Rio Pardo/Taiobeiras. Depois, foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima. Jan Gomes de Souza também é considerado elemento de alta periculosidade, respondendo por vários homicídios, latrocínio e roubos.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que, por volta das 2 horas desta segunda, agentes penitenciários de plantão da unidade do Norte de Minas notaram uma grade de acesso ao “pavilhão A” retorcida e uma concertina danificada. Depois de uma ronda no entorno da penitenciária, constataram a presença de uma tereza (corda artesanal), usdada pelos fugitivos para ultrapassar o muro, no ponto onde a concertina foi rompida. Imediatamente toda a equipe foi acionada e iniciada a revista e contagem dos presos.
Os agentes também encontraram grades que dão acesso ao pátio de banho de sol serradas. Foi feita a contagem dos presos, sendo contatada a fuga de tres detentos.