Música clássica para alegrar a vida, aguçar os sentidos e abrir portas para o mundo da arte. Cerca de 7 mil alunos de 159 escolas públicas de Belo Horizonte participam até quarta-feira, na capital, dos Concertos Didáticos da Filarmônica de Minas Gerais, com a oportunidade, para a maioria, de assistir à apresentação de uma grande orquestra. Na abertura, na noite de ontem, na Sala Minas Gerais, estiveram presentes alunos de 24 unidades do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). Hoje e amanhã, às 9h30 e às 14h30, será a vez dos alunos dos ensinos fundamental e médio, entre 6 e 17 anos. Todos os concertos têm regência do maestro Marcos Arakaki.
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“É preciso desmistificar a música clássica, torná-la acessível a todos e acabar com o preconceito, como se fosse algo próprio de uma elite”, afirmou Diomar, lembrando que o conhecimento e a participação nos concertos acabam com essa ideia. “As pessoas irão além da música, tomando contato com a 'família' de instrumentos da orquestra, a exemplo das cordas, dos metais, da percussão”, destacou Diomar. Ele adiantou que, no domingo, às 11h, a Filarmônica vai se apresentar, pela primeira vez, na Praça da Savassi, na Região Centro-Sul da capital.
Democratização
Há 11 anos, explica Diomar, a Filarmônica de Minas Gerais tem se empenhado na democratização da música erudita, contribuindo, assim, “para uma formação cultural mais diversificada em nossa sociedade". De 2008, ano da criação da orquestra, até 2018, 48,7 mil estudantes participaram dos Concertos Didáticos. Para o aprimoramento da ação, a Filarmônica conta com o apoio da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), cujos alunos, selecionados e preparados pela universidade e maestro Arakaki, atuam como monitores nas escolas inscritas para ministrar aos estudantes as primeiras noções sobre música erudita. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte são parceiras no processo de inscrição e participação das escolas.
A plataforma educacional da Filarmônica abrange diferentes segmentos: Concertos Didáticos (para estudantes do ensino fundamental e médio), Concertos para a Juventude (para a escuta da música clássica em família), Concertos Comentados (palestras para o público dos concertos de série), Festival Tinta Fresca (para novos compositores brasileiros), Laboratório de Regência (para jovens regentes) e Concertos de Câmara (para todas as idades, com vistas à aproximação das pessoas da diversidade de timbres existentes em uma orquestra).
Além da experiência presencial em salas de concerto, professores, alunos e público em geral têm, por meio do site da Orquestra, que conta com ferramentas de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual (www.filarmonica.art.br), acesso a textos sobre obras e compositores, sons, características e curiosidades sobre os instrumentos de orquestra, livros de introdução ao universo orquestral dirigidos a crianças, adolescentes e adultos, além de vídeos sobre preparação e especificidades dos repertórios.
Enquanto isso...Orquestra na Savassi
Pela primeira vez, a Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do maestro Marcos Arakaki, faz um concerto gratuito e ao ar livre na Praça da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A apresentação será sábado, às 11h, na Avenida Cristóvão Colombo que será fechada para o espetáculo. Em nota, o Instituto Cultural Filarmônica informa que o público ouvirá um repertório variado, com ritmos da marcha e da valsa. O Brasil estará presente com os sons e melodias que falam da origem do povo, da força da cultura brasileira e da diversidade. E mais: A marcha do príncipe da Dinamarca (Trompete Voluntário), de Clarke; Sinfonia nº 40 em sol menor, K. 550: Molto allegro, de Mozart; Egmont, op. 84: Abertura, de Beethoven; Poeta e Camponês: Abertura, de Suppé; Contos dos bosques de Viena, op. 325, de J. Strauss Jr.; Batuque, de Fernandez; Suíte Nordestina, de Duda; ET: Aventuras na Terra, de J. Williams.