Jornal Estado de Minas

Operação contra corrupção tem policial preso em Minas; delegado é encontrado morto


Esquema de corrupção
liderado por policiais e funcionários da Delegacia Regional de Ubá, na Região da Zona da Mata, está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a corregedoria da Polícia Civil. Nesta terça-feira, uma operação foi desencadeada na cidade. Ao menos três pessoas foram presas, entre elas, um investigador. Um delegado alvo da ação foi encontrado morto na Linha Amarela, no Rio de Janeiro. A morte está sendo investigada.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), há indícios de crimes praticados por pessoas ligadas a delegacia Regional de Ubá. “Foram revelados indícios de que os investigados e terceiras pessoas ainda a serem identificadas, tenham agido com o objetivo de praticar, em tese, os crimes de tráfico e associação, peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa, todos do Código Penal”, informou o órgão.

Neste terça-feira, uma ação conjunta, entre o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil, foi deflagrada.
A Operação Patmos, nome que faz referência à ilha grega de Patmos, local onde no final do primeiro século o apóstolo João recebeu as revelações do livro do Apocalipse, aconteceu em Ubá, e Juiz de Fora, na Zona da Mata. Foram expedidos quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Ao menos, um investigador, um advogado e uma ex-estagiária da delegacia foram presos.

“As investigações continuam tendo como foco apurar condutas de agentes públicos e terceiras pessoas de Ubá e região, correndo o procedimento sob segredo de justiça, razão pela qual o mérito das investigações e os nomes, por ora, não serão revelados”, completou o MPMG.  Participaram da operação além do Gaeco e a corregedoria, as Promotorias de Justiça da Comarca de Ubá. A ação contou com cinco promotores de Justiça, cinco delegados e agentes da Polícia Civil.

Um delegado, um dos alvos das investigações, foi encontrado morto dentro de um carro na linha amarela, no Rio de Janeiro. Uma das causas investigadas é suicídio.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que apoiou a ação com equipes da Corregedoria para cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão. “Paralelamente, a PCMG recebeu informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sobre a ocorrência de um acidente de carro, por volta das 9h30 em um túnel na Linha Amarela, na capital daquele estado, em que o policial teria sido vítima fatal.
Policiais Civis do Rio de Janeiro prestaram socorro e constataram ferimento por arma de fogo na cabeça do policial, indicando suicídio. A PCMG aguarda exames periciais para confirmar essa hipótese”, informou.

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