Faltando apenas um dia para o início do Circuito Urbano de Arte (Cura) da Lagoinha, na Região Nordeste de Belo Horizonte, os preparativos invadiram a Rua Dimantina, no segmento paralelo à Avenida Antônio Carlos, para deixar a via com uma cara nova para o festival. Entre as mudanças se destaca uma nova pintura para alterar as características de mobilidade que vão garantir uma convivência mais tranquila entre a concentração do público para o festival e o trânsito.
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Esse tipo de intervenção já está em andamento na Savassi e na área hospitalar e a entrada da iniciativa fora da Região Centro-Sul começou pelo Cachoeirinha, atraindo a curiosidade dos organizadores do Cura. Segundo a coordenadora de Sustentabilidade e Mobilidade da BHTrans, Eveline Trevisan, o Cura quer começar a movimentar a Rua Diamantina, fazendo com que as pessoas fiquem mais na rua e por isso se interessaram pelo formato que viram na Simão Tamm.
Com pintura, a BHTrans refez o traçado da via, criando curvas que obrigatoriamente obrigam os motoristas a reduzir a velocidade em um local onde o tráfego costuma fluir muito com velocidades maiores.
A expectativa é que a nova pintura esteja concluída hoje para permitir o início do festival a partir de amanhã, que vai até 15 de setembro com a pintura de prédios na Avenida Antônio Carlos e adjacências e com uma série de atividades culturais, especialmente a criação de um mirante na Rua Diamantina, nos mesmos moldes do que foi feito na Rua Sapucaí, na Floresta.
CURA
O Cura é o primeiro festival de pintura em empenas de Belo Horizonte. Em sua primeira edição em 2017, quatro prédios e dois muros foram pintados. Na edição especial em homenagem aos 120 anos de BH, o festival pintou dois prédios. Em 2018, mais quatro empenas e um muro foram pintados.
A intervenção, que ocorrerá entre os dias 5 e 15 de setembro, contará com pinturas em muros de prédios e bares e ainda promete roda de samba na rua e show de pagode, retomando as tradições do berço da boemia da cidade. .