Belo Horizonte tem mais um registro de feminicídio. A Polícia Militar confirmou, na noite desta quarta-feira (4), que a mulher de 35 anos – baleada na Rua do Carmelo, no Bairro Santa Branca (Pampulha) – perdeu a vida. O ex-companheiro dela é o autor, segundo a PM.
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Ele ameaçou a vítima, o que motivou pessoas próximas a acionar a polícia. Ao avistar os militares do 49º Batalhão que chegavam ao local, o suspeito disparou contra a ex. Ele também deu dois tiros contra sua própria cabeça, um deles de raspão e outro em cheio.
Um dos disparos, de acordo com o tenente Luciano, do 49º Batalhão, acertou um carro que estava estacionado na Rua do Carmelo. Esse tiro não deixou qualquer ferido.
Ainda segundo o militar, os dois foram levados ao Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova. A mulher não resistiu aos ferimentos, enquanto o homem está no bloco cirúrgico em estado grave.
Os dois se conheceram nos Estados Unidos, segundo relato de familiares à polícia. Ela, contudo, não quis continuar a relação no Brasil, o que não foi aceito pelo acusado.
Segundo a polícia, a mulher deixa dois filhos, ainda crianças.
Funcionários da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) do Bairro Santa Branca, localizada em rua paralela ao local do crime, contaram ao Estado de Minas que houve muita correria na unidade. A PM orientou os profissionais para irem embora da cena do crime para evitar traumas maiores.
Minas e BH
Uma mulher foi morta por marido, namorado, companheiro ou ex a cada três dias em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano, período em que ocorreram 64 feminicídios no estado e outras 104 tentativas.
Em Belo Horizonte, o total de ocorrências deste tipo em 2019 já supera a totalidade de 2018. Com esse, a capital já registrou nove mulheres vitimadas pelo ódio neste ano, contra sete no ano anterior.
Considerados dados de todo o ano de 2018, houve em território mineiro nada menos que 144.957 registros policiais de violência doméstica e familiar contra a mulher.
São 16 episódios por dia ou um aproximadamente a cada 4 minutos – sem contar os casos que nunca chegam ao conhecimento das autoridades. Uma curva que vem se mantendo praticamente estável nos últimos três anos.
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