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Estado de Minas

UFMG anuncia que entra em setembro com orçamento em estado crítico

Universidade informa que tem articulado com parlamentos e com o MEC para manutenção do orçamento previsto para o ano, cortado pela União em 30% em maio último


postado em 04/09/2019 20:49 / atualizado em 04/09/2019 21:29

UFMG receberia R$ 215 milhões em 2019, mas corte de 30% reduziu repasse para R$ 150,5 mi(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
UFMG receberia R$ 215 milhões em 2019, mas corte de 30% reduziu repasse para R$ 150,5 mi (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

 

A situação orçamentária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está cada vez mais complicada. A UFMG informou, na noite desta quarta-feira (4), que entra em setembro em quadro crítico. Com o orçamento atual, segundo a universidade, somente serão preservados o pagamento de bolsas estudantis implementadas pela própria instituição e os contratos de terceirizados para assegurar seu funcionamento.


“Até agosto conseguimos honrar os compromissos, mas a partir de setembro a situação orçamentária ficará cada vez mais difícil, caso o MEC não libere os recursos que originalmente estavam previstos para a Universidade”, explica a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida.


Para amenizar o quadro, a universidade tem articulado, com deputados e com o Ministério da Educação, para garantir, ao menos, a integridade dos valores aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA). Esse repasse da União sofreu corte de 30% em maio por determinação do governo Jair Bolsonaro (PSL).

 

"O desbloqueio orçamentário é imprescindível para que a UFMG possa manter seu custeio pleno nos últimos três meses do ano”, alerta a reitora. 


Pela LOA, a UFMG receberia R$ 215 milhões em 2019, valor que só havia sido corrigido pela inflação na comparação com os recursos de 2018. Com o corte de maio, no entanto, a universidade perdeu R$ 64,5 milhões, ficando apenas com R$ 150,5 milhões para o exercício atual.

 

A universidade é a segunda instituição federal de ensino mais afetada pelos cortes, atrás apenas da federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A assistência estudantil, cerca de R$ 38,3 mi, não foi atingida pelo bloqueio e continua garantida até o fim do exercício. 

 

Sinalização 

 

Em reunião realizada, em 21 de agosto na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou aos reitores que pode haver um desbloqueio de parte dos recursos a partir deste mês.


Ele declarou, contudo, que o orçamento de 2020 para as universidades deve manter os patamares do orçamento de 2019.

 
Reflexos 

 

Com objetivo de cortar os custos, a universidade tomou diversas medidas. Entre elas está o encerramento de cursos de edução à distância para gestores esportivos, promovidos pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO). 

 

O mesmo vale para o funcionamento da linha quatro de ônibus, que circulava pelo campus Pampulha. A linha operava como reforço, nos horários de pico, às demais. 

 

Com Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)


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