Um procedimento Interno de Investigação foi aberto para apurar as causas da morte de um detento dentro do Complexo Penitenciário Nelson Hungria (CPNH), umas das principais penitenciárias da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Clayton Verli da Silva, de 48 anos, foi encontrado sem sinais vitais por agentes penitenciários na manhã desta quinta-feira, durante uma conferência de presos. Ele é o segundo interno encontrado morto na unidade em menos de dois meses.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que se manifestou por meio de nota, agentes de segurança da penitenciária realizaram a conferência dos presos nesta manhã. Quando chamaram por Clayton, não tiveram resposta. Diante disso, foram até a cela onde ele estava encarcerado.
No local, segundo o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, os agentes constataram que o preso estava sem os sinais vitais dentro da cela, que dividia com outro detento. “Os agentes acionaram o Samu, que comprovou o óbito. A Polícia Militar também esteve na unidade para lavrar o Registro de Evento de Defesa Social (Reds)”, informou a pasta.
Segundo a pasta, a cela foi isolada para o trabalho da perícia da Polícia Civil. Em seguida, o corpo do detento foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização da autópsia. “A direção da unidade instaurou um Procedimento Interno de Investigação para apurar administrativamente o ocorrido”, finalizou.
Outra morte
Esta foi a segunda morte registrada na unidade de segurança máxima em menos de dois meses. Em 19 de julho, um detento foi encontrado morto em uma área de isolamento, no Centro de Observação Criminológica (COC). De acordo com informações obtidas pela reportagem do em.com.br, na cela haviam outros dois detentos. A vítima e as testemunhas seriam declaradamente membros de uma organização criminosa de origem paulista e que atuam também em Minas Gerais.
Na daquele dia, durante o banho de sol no Pavilhão 5, uma briga teria acontecido entre dois detentos, inclusive com uso de arma branca. “O preso foi encontrado pendurado na janela com uma corda amarrada ao pescoço. A direção da unidade instaurou um Procedimento Interno de Investigação para apurar administrativamente o ocorrido. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil. A Polícia Militar foi acionada para lavrar o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds)”, disse a Sejusp.