O retorno do sarampo depois de muitos anos, vem provocando medo e transtornos em Belo Horizonte e cidades da região metropolitana. Mais um hospital suspendeu o atendimento por causa de casos suspeitos da doença. Desta vez, a interrupção ocorreu no Hospital Felício Rocho, localizado no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para desinfecção e bloqueio vacinal, durante a manhã. Os serviços foram retomados no início da tarde. Protocolo também teve que ser usado no Centro de Saúde Jardim dos Comerciários, no bairro de mesmo nome, em Venda Nova.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da unidade de saúde confirmou que os serviços foram paralisados depois da entrada de dois pacientes com suspeitas da doença. “O Hospital Felício Rocho confirma a suspeita de dois casos de sarampo em seu Pronto Atendimento Adulto na manhã desta quinta-feira, dia 05 de setembro. A partir da confirmação da suspeita, o Hospital tomou a medida protetiva de fechar o Pronto Atendimento para os procedimentos de higienização e imunização dos contatos. A reabertura do Pronto Atendimento ocorreu no início da tarde com atendimento normal a população”, informou.
Nessa quarta-feira, situação semelhante aconteceu no Hospital Vila da Serra, em Nova Lima. Os serviços ficaram interrompidos por aproximadamente quatro horas. De acordo com uma funcionária, que não quis se identificar, a suspensão do atendimento aconteceu no Pronto Atendimento Infantil. Os serviços o setor ficou fechado por quase 4 horas. Ele foi reaberto por volta das 16h. Mensagens sobre a interdição circularam nas redes sociais.
Por meio de nota, divulgada nesta quinta-feira, a assessoria de imprensa do hospital afirmou que a paralisação foi realizada seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. “O protocolo de segurança foi rapidamente colocado em prática para evitar infecção cruzada, eliminando todos os riscos e cumprindo todas as normas que devem ser seguidas nestes casos”, disse. “O caso suspeito recebeu alta no mesmo dia e o pronto atendimento infantil retomou suas atividades com normalidade”, completou.
As interdições vêm se tornando rotina no Sistema Único de Saúde (SUS), diante da entrada de casos suspeitos da doença. Em 16 dias, o protocolo para bloqueio da virose – com fechamento temporário e desinfecção de locais pelos quais transitem pacientes com sintomas – foi adotado 34 vezes na capital mineira. Nesta quinta-feira, o Centro de Saúde Jardim dos Comerciários suspendeu o atendimento.
Na terça-feira, além das unidades de saúde, o protocolo atingiu a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) do Bairro Mantiqueira, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A instituição teve as atividades suspensas.
Casos explodem em Minas
O número de casos da doença triplicou na última semana, saltando de quatro para 13 confirmações. Os casos novos foram detectados em Uberlândia, na Região do Triângulo Mineiro, onde nove pessoas foram diagnosticadas com o vírus. Ainda há outras 138 notificações em investigação, sendo que sete pacientes já tiveram exames preliminares que confirmaram a doença. Porém, é preciso uma nova investigação. Além disso, ao menos dois casos, já confirmados pela Secretaria Municipal de Juiz de Fora, na Zona da Mata, ainda não foram incluídos no levantamento. A vacina, que é eficaz na prevenção da moléstia, continua a disposição da população em todos os postos de saúde.