Mais um caso brutal de feminicídio aumenta o nível de alerta para este tipo de crime em Minas Gerais. A pedagoga Ana Paula Lopes Solto, de 33 anos, foi assassinada pelo companheiro dentro de casa, na noite dessa segunda-feira, em Paracatu de Minas, Região Noroeste do estado. O autor Julio Cezar Veloso Alves, de 31 anos, foi preso e confessou o crime.
Leia Mais
Cunhado da apresentadora de TV Ana Hickmann será julgado nesta terça-feira Homem dá soco em mulher e foge da polícia pelos telhados em BetimHomem desconfia de traição, mata esposa a facadas e tira a própria vidaHomem de 30 anos matou açougueiro no Centro de BH com faca do comércioConheça o golpe de motorista de aplicativo para multiplicar conta de passageirosAssassinatos caem, mas feminicídios crescem. Minas lidera matança de mulheresSequestradores de bancário comentam crime em carro de app e são presos em BHAcompanhado de uma testemunha, o irmão de Julio Cezar entrou na residência e encontrou o corpo de Ana Paula no sofá da sala com um ferimento no peito. Eles até chegaram a acionar o Corpo de Bombeiros, mas Ana Paula já estava sem vida. No local, os peritos apreenderam um pé de cabra e uma marreta, possivelmente utilizadas no crime.
Informações davam conta de que o Julio Cezar teria fugido para uma fazenda na região. A PM estava a caminho da fazenda quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou Júlio Cezar na estrada, sentido Belo Horizonte/Paracatu, cerca de 40 minutos depois do crime. Ele estava com as roupas sujas de sangue e, ao ser questionado a respeito, o homem, que é açougueiro, afirmou que havia matado um porco.
Os agentes da PRF verificaram no sistema, constataram que um feminicídio havia ocorrido na região e confirmaram o nome do autor. Só aí Julio Cezar confirmou que matou a esposa, alegando suspeitar de uma traição.
A frieza de Julio Cezar chocou o Sargento Menezes, do 45° Batalhão de Paracatu: “Infelizmente a forma de agressão é muito similar a forma de matar um porco. A perfuração no peito em cima do coração, a forma que ela foi encontrada, ela não pode nem se defender.” afirma. Segundo ele, Julio Cezar se recusou a fazer o teste do bafômetro. Agentes da PRF suspeitaram de que ele poderia estar alcoolizado ou sobre o efeito de drogas.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira