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Estado de Minas

Kalil tem planos para o período chuvoso de 2019, mas acredita em fim das enchentes só em 2031

Prefeito de Belo Horizonte falou de projetos para as avenida Vilarinho e Bernardo Vasconcelos e cita intervenções que podem solucionar o problema em 12 anos


postado em 11/09/2019 11:00 / atualizado em 11/09/2019 12:04

Prefeito falou sobre autorização para empréstimo com o objetivo de garantir obras. Ele prevê que solução para as chuvas pode levar 12 anos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 30/07/2019)
Prefeito falou sobre autorização para empréstimo com o objetivo de garantir obras. Ele prevê que solução para as chuvas pode levar 12 anos (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 30/07/2019)


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, falou nesta quarta-feira sobre a preparação para o período chuvoso 2019/2020, que começa em outubro. Ele citou as intervenções previstas para a capital, mas acredita que a solução para as enchentes vai demorar mais de 10 anos. 

"Estamos com um plano para esperar a chuva de uma forma muito diferente do que aconteceu na Vilarinho em outros anos”, comentou o prefeito em entrevista à Record Minas pela manhã. Ontem, a Câmara Municipal aprovou em 1º turno por 34 votos a quatro o projeto de lei do Executivo que autoriza um empréstimo de R$ 350 milhões para intervenções nos córregos Vilarinho, do Nado e Isidoro para prevenção de inundações. "Para a Bernardo Vasconcelos, já temos um projeto completo, de mais de R$ 150 milhões já garantidos. Este já está com dinheiro garantido, empréstimo da Caixa Econômica Federal. Então, Bernardo Vasconcelos está resolvido e Vilarinho resolvido”, pontuou Kalil. 

"Nós temos nove pontos de ataque na cidade. Se nós deixarmos resolvidos dois, que durante 40 anos mataram gente em Belo Horizonte, e o próximo prefeito deixar mais dois e o outro deixar mais dois, em 12 anos Belo Horizonte não inunda mais”, prevê. 

“Nós vamos começar a sondagem neste mês e vamos fazer a RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) que é uma modalidade de licitação para começar o mais rápido possível. Este início de obra para este ano é muito difícil, mas nós vamos mitigar um pouquinho o problema”, informou Kalil. 

Ver galeria . 11 Fotos Estação Vilarinho, na Região de Venda Nova, foi atingida pela enchente na avenida de mesmo nome. Plataformas dos ônibus da BHBus e do metrô ficaram alagadas na noite de quinta-feira, feriado da Proclamação da RepúblicaCristiane Silva/EM
Estação Vilarinho, na Região de Venda Nova, foi atingida pela enchente na avenida de mesmo nome. Plataformas dos ônibus da BHBus e do metrô ficaram alagadas na noite de quinta-feira, feriado da Proclamação da República (foto: Cristiane Silva/EM )


“Já estamos convocando a imprensa para divulgar para a população de Belo Horizonte. Me reuni ontem com o Valadão (Josué Valadão, Secretário Municipal de Obras e Infraestrutura) e o coronel Valdir da Defesa Civil e nós já estamos com um plano muito diferente do que aconteceu com aquelas tragédias da Vilarinho”, disse. Em novembro do ano passado, mãe e filha morreram afogadas quando o carro delas foi arrastado pela força da água durante uma enchente na avenida da Região de Venda Nova. Não muito longe dali, na Rua Doutor Álvaro Camargos, uma estudante de 16 anos morreu sugada por um bueiro que teve a tampa arrancada pela correnteza. 

Câmara


Nesta terça-feira os vereadores da capital aprovaram a PBH a efetuar empréstimos para obras que ajudem a evitar os transtornos da chuva em Belo Horizonte, em especial na Região de Venda Nova. Intervenções, entretanto, só devem ser realizadas em 2021.

Dos 38 vereadores, 34 foram favoráveis a liberar o empréstimo para a prefeitura, mas quatro questionaram que não há um plano executivo para resolver os problemas das enchentes. "O projeto apresentado seria inviável e poderia até deslocar o transtorno para outras áreas da cidade", diz o vereador Gilson Reis, do (PCdoB), em entrevista à rádio Itatiaia

Ver galeria . 26 Fotos Escola Municipal Francisca Magalhães Gomes teve vários danos provocados pela chuva. A instituição fica entre a Rua dos Mamoeiros e a Avenida Vilarinho, alagada ontemPaulo Filgueiras/EM
Escola Municipal Francisca Magalhães Gomes teve vários danos provocados pela chuva. A instituição fica entre a Rua dos Mamoeiros e a Avenida Vilarinho, alagada ontem (foto: Paulo Filgueiras/EM )


Assim como ele, os vereadores Mateus Simões (Novo) e Gabriel Azevedo (PHS) também rejeitaram a proposta. Segundo a Câmara, eles consideram que a proposta dá um “cheque em branco” para o prefeito de Belo Horizonte, “já que nada de concreto foi apresentado à Casa e à população, e exigiram que o projeto das obras seja apresentado antes da aprovação do empréstimo”, informou a Casa em seu portal público. 


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