Milhares de pessoas participaram neste domingo (15) da Festa Tradicional Italiana de Belo Horizonte. Em sua 13º edição na capital mineira, o evento trouxe, desde a manhã até de noite, atrações musicais, comidas e bebidas típicas para o Bairro Funcionários.
O local mudou, e a pesar de ter saído da Savassi por alguns quarteirões da Avenida Getúlio Vargas, ganhou um traçado mais plano, nas seis pistas da via entre as avenidas Afonso Pena e do Contorno.
O dia ensolarado garantiu a alegria e a sombra dos ipês-roxos aplacou o calor, dando ainda mais cor ao evento.
Foram 40 barracas de comida típica da Itália, estações de venda de bebidas, vinícolas e chope. A alegria ficou por conta das apresentações de sete grupos artísrticos, sendo dois deles internacionais, vindos da Itália: Charlotte de Mello e Luciano Bruno.
A interação da cultura italiana com o público foi outra oferta dessa tradicional festa, a segunda maior da comunidade italiana fora da Itália, perdendo apenas para a dos Estados Unidos.
O grupo Stella Bianca pisoteou uvas enquanto apresentou sua dança e música por quatro vezes ao longo do dia. O público participou da pisa, conhecendo e experimentando uma tradição da Itália.
Outra atração interativa foi o Tombo da Polenta. Foram produzidos 400 quilos de polenta numa grande panela, mexida por um grupo em trages típicos que canta e dança enquanto movem suas colheres e jogam lenha na fogueira. A polenta foi virada numa grande travessa e recebeu molho à bolonhesa para ser servida gratuitamente aos convidados.
"Essa festa é tão querida pelo belo-horizontino, porque é um evento que a família se sente á vontade. temos muita segurança e um clima alegre. É importante, porque movimenta a economia, os empregos, além de as nossas doações já terem se revertido em 260 toneladas de alimentos para 12 instituições filantrópicas, nos últimos 12 anos", afirma o vice-presidente e gestor da festa desde a sua criação, Giorgio Colina, integrante da Associação de Cultura Ítalo-Brasileira de Minas Gerais (Acibra MG).
'Pisa na uva' e 'tombo da polenta'
Na edição deste ano, a festa que celebrou a cultura ítalo-brasileira homenageou e contou um pouco da história do pintor, escultor, arquiteto, inventor, engenheiro, arquiteto (entre outras atividades) Leonardo da Vinci.Descendente de italianos, Marli da Silva Gagliardi participou pela terceira vez da festa em Belo Horizonte, sempre acompanhada da família. Sua neta, Luana Gagliardi, de 6 anos, usou roupas típicas de danças italianas e aproveitou para brincar no parque montado no meio da avenida Getúlio Vargas.
“Fiz este vestido para a irmã mais velha dela e agora ela também está usando. Gosto de trazer minhas netas para curtir músicas diferentes do que elas ouvem e conhecer tradições italianas”, diz Marli.
As novidades do evento em 2019 foram as atrações 'Pisa da Uva' e o 'Tombo da Polenta', preparo tradicional de comidas italianas. Ao pisar em cachos de uva os produtores dão o início ao processo de produção do vinho – ato embalado por músicas e brincadeiras. Já a polenta é preparada em uma grande panela até ficar pronta e depois tombada em uma tábua onde é repartida, ritual típico do norte da Itália.
Na festa da capital mineira, foram produzidos 400 quilos de polenta, que depois foram servidos gratuitamente junto de molho bolonhesa aos convidados.
“Claro que a música e as apresentações tradicionais são legais, mas o principal das festas italianas é a comida boa, principalmente as pizzas”, brincou a estudante Luísa Moraes, de 24 anos, que foi à festa italiana com amigas de faculdade. Com o forte calor na parte da tarde, a barraca de cones gelados foi uma das mais movimentadas.