O segundo e último dia da 11ª edição do Festival I Love Jazz na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi marcado por uma mistura de sotaques em cima e fora dos palcos.
O fechamento da festa contou com um pianista sueco e com a tradicional banda mineira Happy Feet, que tocou no formato big band. E não foi só o belo-horizontino que gostou: cariocas e paulistas vieram especialmente para um dos maiores festivais de jazz do país e prometem retornar no ano que vem.
Organizador do festival e trompetista da Happy Feet, Marcelo Costa comemorou o sucesso do evento e disse que em breve começa a pensar no próximo.
“O encerramento foi a mesma energia. São bandas muito boas e um sueco que toca piano maravilhosamente bem. E fechamos com a Happy Feet com muita energia e um repertório muito legal e diverso”, contou. Agora, rumo a 12ª edição: “Tiramos uma semana de descanso, mas na próxima já voltamos ao trabalho”, completou.
Ele ressalta que o swing jazz é um gênero forte na capital mineira. “As pessoas foram tomando gosto e eventos como esse têm favorecido que isso aconteça. Até porque, trata-se de um evento gratuito e as pessoas passam a se interessar e pesquisar mais sobre”, comentou Marcelo. Não é para menos que o swing jazz atraiu pessoas de outros estados para o evento neste fim de semana em BH.
Esse foi o caso de Vinicius Vieira, de 27 anos, que veio de São Paulo para participar e dançar muito na pista. “Danço lindy hop há mais de quatro anos e eu acho o festival I Love Jazz o melhor evento no Brasil para se dançar. As músicas são muito dançantes e trazem a essência do jazz”, contou. Essa é a quarta vez que ele vem para o evento na capital mineira: “Amo BH! E ano que vem, com certeza, estarei de volta. A cada ano o evento vem melhorado, a produção não deixa a peteca cair”, acrescentou.
ANIMAÇÃO
Não foi só Vinicius que enfrentou estrada para vir e se encantou. Carlos Santiago, de 39, saiu do Rio de Janeiro. “Venho por causa da música, principalmente, do swing jazz – que é uma característica de Minas. Os BeHoppers (grupo de dançarinos de BH) são demais! E foi por meio da página deles que fiquei sabendo do evento. Então, é legal vir para conciliar essa dança gostosa e aprender mais com o pessoal daqui”, disse.
A belo-horizontina Bárbara Almeida, de 29, esteve este ano pela primeira vez no festival e se encantou: “Amei. Eu vim nos dois dias e hoje já fiz aula de lindy hop e participei dos dois dias de batalha! E já estou confirmada no evento do ano que vem”, brincou.
Como nas edições anteriores do festival, as atrações começaram de dia com um aulão de lindy hop, estilo de dança inspirado no jazz e criado no Harlem, nos Estados Unidos, nos anos 1920. A animação foi conduzida pelos dançarinos do grupo BeHoppers. Uma novidade este ano foi convidar o público para dançar numa divertida “batalha de dança”. A plateia foi dividida em dois grupos, cada um acompanhado por um professor do BeHoppers.