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- Vilarinho
- Venda Nova
- Barreiro
- Estações de ônibus de BH com paraciclo (local para fixar bikes)
- Diamante
- Pampulha
- São Gabriel
- Horários para entrar com bicicleta em ônibus de BH (somente Move)
- Segunda a sexta: após às 20h
- Sábado: A partir das 14h
- Domingo e feriado: o dia inteiro
Apesar do bom exemplo de um espaço adequado para as bikes, os ciclistas enfrentam uma situação curiosa nas passarelas de acesso à Estação Vilarinho e ao shopping. Apesar da estrutura adequada para estacionar bikes, na rampa de acesso ao estacionamento há placas indicando que é proibido entrar com uma bicicleta. Na área destinada aos pedestres com acesso pela esquina da Avenida Vilarinho com a Rua das Macieiras, outra placa também proíbe as magrelas, aumentando a confusão.
- O que é transporte intermodal?
- A integração entre dois meios de transporte diferentes é chamada de intermodal. No caso das bicicletas, a conexão pode ser feita com o trajeto de casa até uma estação pedalando, e o restante do caminho usando um ônibus ou metrô. Para isso, o terminal precisa oferecer uma estrutura chamada bicicletário, onde o ciclista pode trancar sua bicicleta com segurança, para pegar de volta no retorno.
- O que é um bicicletário?
- É uma estrutura fechada específica para o estacionamento de bicicletas, com suportes onde as bikes são fixadas com cadeados, chamadas de paraciclos. Os bicicletários mais modernos podem contar com ferramentas de reparo, bebedouros, bombas para encher pneus, entre outras facilidades.
- O que é um paraciclo?
- É a estrutura onde a bicicleta é travada, que não necessariamente precisa estar dentro de um ambiente fechado
Na Estação Pampulha, inaugurada há pouco mais de cinco anos para a Copa do Mundo, não há um bicicletário estruturado, apenas paraciclos antes da catraca com acesso pela Avenida Portugal. Mesmo cenário da Estação Diamante, no Barreiro, onde a estrutura para bicicletas fica do lado de fora da estação. “O ideal é uma estrutura que fique protegida dentro da estação ou então com alguma pessoa por conta fazendo a segurança”, diz o garçom Vanderley Ferreira, de 41, que já teve bicicleta, mas acabou desistindo de usar e é passageiro da Estação Diamante.
Transporte intermodal tem grande demanda
Carlos Edward Campos, integrante da Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo), destaca que o potencial do investimento em estruturas para permitir o acondicionamento das bikes nas estações e, consequentemente, a prática intermodal, tem um potencial muito grande de atração de ciclistas. “O custo é muito baixo e o impacto vai ser enorme, porque existe uma demanda reprimida muito grande para essa utilização. Você vê que as vezes a pessoa deixa a bicicleta em local inseguro, amarrado na grade da estação, com risco de roubar a bicicleta, porque precisa”, afirmou.
Para o consultor em transporte e trânsito Silvestre de Andrade, do ponto de vista de transporte a bicicleta é complementar, ela precisa se integrar aos meios de transporte públicos de massa. “As viagens curtas podem ser feitas com bicicleta. Você sai da sua casa e vai ao terminal de ônibus ou metrô deixando a sua bicicleta. Essa é a grande função dela. Você amplia o raio de influência daquela estação.”
A coordenadora de Sustentabilidade e Meio Ambiente da BHTrans, Eveline Trevisan, justifica a falta de melhorias nos bicicletários das estações pela falta de recursos. Mas, nesse ponto, ela diz que existe uma possibilidade de financiamento no valor de R$ 800 mil para implantar a estrutura necessária nas estações, que deveria estar pronta no ano passado, segundo as metas do Plano de Mobilidade por Bicicleta de Belo Horizonte (PlanBici). “Encaminhamos essa solução para avaliação da prefeitura, mas ainda não temos uma resposta definitiva. O ideal é que a gente tenha um bicicletário fechado, com bebedouro, um conforto na hora de deixar sua bicicleta, com sala fechada e controle de acesso”, diz ela.
Diferentemente de outras ações mais complexas, como a construção de ciclovias, a meta dos bicicletários é mais fácil de ser implementada com a disponibilidade de recursos. “Se aparecer o recurso, a gente consegue implementar, porque a gente tem, ainda que não seja um projeto executivo, um projeto simples, que conseguimos avançar para todas as estações”, afirmou.
Integração pode atrair passageiros
A necessidade de investimentos para aumentar o número de ciclistas em BH é discutida em um momento que o sistema de ônibus da capital mineira busca ser mais atrativo para aumentar o número de passageiros. Dados do transporte público disponíveis no site da BHTrans mostram uma diminuição acentuada do número de pessoas transportadas nos últimos cinco anos.
Para Carlos Edward Campos, da BH em Ciclo, esta é uma ótima oportunidade para as empresas aproveitarem o momento e colocarem em prática os investimentos necessários para trazer mais usuários ao sistema. “Se eles estão precisando de passageiros, está aqui uma boa demanda de passageiros reprimida, porque não tem onde deixar sua bicicleta. Com investimento baixo e uma possibilidade de retorno alta”, disse.
Também da BH em Ciclo, Marcos Gomes acrescenta que a BHTrans deveria fomentar essa mobilização, incentivando as empresas a implementarem as medidas. “Seria muito fácil e é muito barato. A gente enxerga como uma saída a integração de dois modais para resolver esse problema na cidade.”
Também da BH em Ciclo, Marcos Gomes acrescenta que a BHTrans deveria fomentar essa mobilização, incentivando as empresas a implementarem as medidas. “Seria muito fácil e é muito barato. A gente enxerga como uma saída a integração de dois modais para resolver esse problema na cidade.”
Usuários cobram exemplo de incentivo
O ciclista Breno Bizinoto, que participou da elaboração do Plano de Mobilidade por Bicicleta de Belo Horizonte (PlanBici), diz que faz sentido que as empresas busquem esse investimento, mas o normal a se esperar de organizações que visam lucro é atuar apenas quando já existe alguma coisa em andamento e funcionando. “Quem tem que ter o pensamento ativo para a elaboração dessas ideias é o poder público. Parece arriscado propor a criação de uma estrutura para uma quantidade de ciclistas que ainda nem existe, mas a história já nos mostrou que quando se cria a oportunidade de um bom uso, os usuários aparecem.”
Consultor em transporte e trânsito, Silvestre de Andrade pontua que em um esquema de concessão de serviços, que é o caso do transporte público em BH, os custos das empresas são definidos com base em um contrato e a ampliação dos investimentos normalmente gera contrapartidas. “Se você impõe custos extras ao prestador do serviço, você precisa reequilibrar a questão de alguma forma. E no caso dos ônibus as empresas são remuneradas pela tarifa. Se for uma iniciativa própria deles, tudo bem, é iniciativa deles e ponto. Mas por questões legais quando o custo aumenta tem que haver um reequilíbrio.”
O Shopping Estação, responsável pelo bicicletário na Estação Vilarinho, informou que a estrutura segue os padrões estipulados em lei e que a quantidade de vagas atende à demanda do público. Porém, informou que está investindo para implantar nova sinalização e também está estudando o aumento de vagas. Já o Setra/BH informou que vem fazendo estudos não só para a melhoria do modal bicicleta, mas também para integrar todos os outros modais.
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