Para Maria Mazzarello Zaidan, de 67 anos, recuperar dinheiro perdido parecia tão provável quanto ganhar na loteria. Na última terça-feira (10), no entanto, a sorte foi bastante generosa com a pedagoga. Ela recuperou a carteira que perdeu em julho do ano passado com cerca de R$ 1,1 mil, durante uma viagem feita de ônibus de Brasília à Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira.
Quem devolveu o objeto foi o comerciante Geraldo da Costa, de 69 anos, dono de um restaurante situado nas proximidades de Ouro Preto, em que a idosa parou para fazer um lanche. Persistente, ele a procurou por mais de um ano, já que, na carteira, não havia documentos de identificação ou contatos da senhora. Apenas um cartão promocional de uma loja, com o nome dela.
“Só me dei conta de que havia perdido o dinheiro um dia depois de chegar em casa, quando ia pegar o dinheiro para entregar à minha filha. Ela tem uma lojinha e a quantia era referente à venda que fiz para ela de uma toalhas. Nem fiquei procurando muito, pois achei muito difícil que alguém fosse me devolver.
Mas fato é que, mais de um ano depois do episódio, o seu Geraldo, dono do restaurante no qual parei para me alimentar, me localizou e mandou me entregar minha carteira com tudo o que estava lá, incluindo o dinheiro. Tostão por tostão. Esse homem simplesmente é de um tipo que não existe mais”, elogia Maria Mazzarello.
Mas fato é que, mais de um ano depois do episódio, o seu Geraldo, dono do restaurante no qual parei para me alimentar, me localizou e mandou me entregar minha carteira com tudo o que estava lá, incluindo o dinheiro. Tostão por tostão. Esse homem simplesmente é de um tipo que não existe mais”, elogia Maria Mazzarello.
"Esse homem é de um tipo que não existe mais"
Maria Mazzarela Zaidan, pedagoga
Investigação
Geraldo da Costa conta que Mazzarello deixou a carteira em seu caixa, na hora de pagar a conta. Ao ver o objeto esquecido, sua primeira reação foi procurar pela dona dentro do estabelecimento, mas ela já havia saído. Ele então guardou a pequena bolsa, esperando que alguém a reivindicasse.
A proprietária porém, não apareceria pelos próximos meses. Foi então que seu Geraldo teve a ideia de perguntar para um de seus fornecedores, que é de Ponte Nova, se ele conhecia dona Mazzarello, cujo nome constava em um cartão guardado dentro da carteira. “O Luciano mesmo, meu fornecedor, não a conhecia, mas perguntou para a esposa dele e, depois, à sogra. Por sorte, a sogra dele era colega de hidroginástica da dona Mazzarello. Uma vez que a localizamos, pedi que ele levasse a carteira de volta à dona", diz comerciante. "Não considero que fiz nada demais. Fiz minha obrigação. Ela ficou muito feliz com a devolução e, eu, muito satisfeito com isso. R$ 1 ou R$ 10 mil, eu teria devolvido da mesma maneira”, completou."Não considero que fiz nada demais. Fiz minha obrigação."
Geraldo da Costa, comerciante de 69 anos