Jornal Estado de Minas

Técnico de escolinha de futebol de BH é indiciado por estupro de alunos entre 7 e 15 anos

Caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)

O professor de uma escolinha de futebol localizada no Bairro Braúnas, na Região da Pampulha, foi indiciado pela Polícia Civil por abusar sexualmente de oito vítimas, com idades entre 7 e 15 anos. Entre elas, estão sete alunos e uma menina que costumava acompanhar os treinamentos. O homem, de 56 anos, foi preso em agosto deste ano, após a denúncia do pai de um dos alunos. Ele vai responder por estupro de vulnerável, assédio sexual, e por mostrar às vítimas materiais pornográficos. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.


De acordo com a Polícia Civil, durante as investigações, foram ouvidas 13 pessoas. O indiciamento foi feito com base em outras apurações, como exames de corpo de delito, pedidos de perícias em equipamentos eletrônicos arrecadados no dia da prisão e após o cumprimento de mandado de busca e apreensão realizado na residência e no clube onde trabalhava.

“Na ocasião, foram apreendidos três celulares, um gabinete de computador, dois notebooks, cinco pen drives, quatro CDs, três DVDs e um cartão de memória que estão sob análise do Instituto de Criminalística e podem apontar outros crimes após conclusão da perícia”, informou a polícia.



Os crimes


O homem trabalhava no clube na Pampulha há 20 anos. Depois da denúncia do pai de um dos alunos, ele passou a ser investigado. As vítimas contaram que o professor oferecia dinheiro para a prática dos abusos. A suspeita é que ele se aproveitava das crianças quando estavam sozinhas no vestiário ou em um chalé próximo do campo. Ele também mostrava vídeos pornográficos para as vítimas.

Em 13 de agosto, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do homem, que acabou preso e encaminhado para uma unidade do sistema prisional.  “As primeiras denúncias identificaram quatro vítimas entre 10 e 15 anos, que relataram que o suspeito levava presentes e, ás vezes, dava quantias entre R$5 e R$10 para que não contassem sobre os abusos. Os alunos contaram também que tudo acontecia no clube, antes ou após os treinos”, comentou a Polícia Civil.

Na época da prisão, o homem, segundo a Polícia Civil, confessou os crimes.