Uma festa bem à mineira – com um toque de “olé” – marcou a reabertura, na noite de quinta-feira (19), do bicentenário Teatro Municipal de Sabará ou Casa da Ópera, o segundo mais antigo do país em funcionamento (o primeiro é o de Ouro Preto). Ao saudar os moradores da cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)/Ministério da Cidadania, Kátia Bogéa, defendeu a arte como única forma de fazer o ser humano “transcender”. E convidou todos os brasileiros para visitar a “joia do patrimônio” que recebeu a visita dos imperadores dom Pedro I (1798-1834), em 1831, e dom Pedro II (1825-1891), em 1881.
Leia Mais
Teatro de Sabará completa 200 anos e é revitalizado para a reestreiaCine-teatro reabre em Sabará com programação especialAtrasos põem em risco calendário de restauro do Teatro Municipal de SabaráFonte da Pampulha será religada, mas poluição ameaça turvar espetáculoIphan vai levar tesouro de cavernas de Minas para disputa de título da Unesco“Trata-se da primeira obra do PAC que entregamos em Sabará, uma cidade com um sítio urbano muito importante”, disse a superintendente do Iphan em Minas, Célia Corsino. Satisfeita com o resultado da obra, ela ressaltou que o objetivo é o teatro ser do povo de Sabará, destinado, portanto, à música, ao teatro, ao canto, à dança e, de modo muito especial, ao convívio das pessoas. “Muito mais do que um prédio, é um espaço para práticas culturais”, disse Célia Corsino, que participou da cerimônia de reinauguração com Kátia Bogéa e o diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson Almeida.
PARTICIPAÇÃO
Anfitrião da noite, o prefeito de Sabará, Wander Borges, deu as boas vindas aos convidados, lembrando que o teatro com três andares de camarotes e cadeiras de palhinha ficará reservado a concertos, recitais, enquanto o Cine Bandeirante, de 500 lugares, agora com o nome de Centro Cultural José da Costa Sepúlveda e entregue à comunidade em abril, após 10 anos fechado, está reservado para eventos e shows maiores. A gestão do chamado “teatrinho de Sabará” está a cargo da Secretaria Municipal de Cultura.
A solenidade foi aberta com a Orquestra e Coral Santa Cecília, seguindo-se cinco números da Companhia de Dança Flamenca Fátima Carretero. Outro momento emocionante foi a apresentação da cantora sabarense e multi-instrumentista Nath Rodrigues, que cantou músicas de sua autoria gravadas no recém-lançado álbum Fractal. A noite se completou com o cantor Igor Barros, tendo ficado na lembrança a voz do sambista Mandruvá, que, à capela, cantou O que é, O que é?, de Gonzaguinha.
.