Na época do ano em que a Lagoa da Pampulha se encontra mais seca e, por isso, com alta concentração de poluentes, tornam-se mais frequentes, segundo os frequentadores do local, os casos de vandalismo de pessoas jogando bicicletas do aplicativo Yellow dentro do reservatório.
A pouco mais de 500 metros do Museu de Arte da Pampulha, uma das atrações mais visitadas e fotografadas da orla, a reportagem do Estado de Minas encontrou uma das bicicletas atirada nas águas verdes e de cheiro de esgoto.
A professora aposentada Maria Machado, de 63 anos, diz não ter dúvidas sobre o motivo desse vandalismo. "Todos os dias que caminho aqui vejo dessas bicicletas jogadas ou sendo jogadas por pessoas sem consciência, sem civilidade. Mas nunca tem polícia por perto para denunciarmos", disse.
Segundo ela, algumas bicicletas se perdem, submersas nas partes mais fundas da lagoa. "Acho isso um absurdo. Se alguém trouxe essa bicicleta é para quem não tem poder usar. Quem a joga na lagoa polui o meio ambiente e nega a outros o passeio e o exercício físico", afirma a professora.
Posicionamento da empresa
No dia 27 de setembro de 2019 a empresa Grow , que administra a Grin e Yellow, enviou uma nota para se posicionar a respeito. Confira na íntegra:
"A Grow, dona das marcas de compartilhamento de bicicletas e patinetes Grin e Yellow, informa que trabalha na conscientização da população para garantir a integridade dos equipamentos e busca colaborar permanentemente com as autoridades de segurança pública.A empresa esclarece ainda que as suas bicicletas foram desenvolvidas com peças exclusivas, que não se adaptam a outros modelos. Além disso, todas as bicicletas e patinetes Grow são rastreados por sistema GPS - o que já levou à recuperação dos equipamentos e à apreensão de pessoas envolvidas nesses casos - e monitoradas por meio do seu time de guardiões - sua equipe de rua, responsável pela organização das operações."
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