O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, Elton Pupo, determinou que instituições de justiça e a mineradora Vale apresentem critérios mais objetivos para identificar os atingidos que necessitem continuar recebendo o pagamento de indenização emergencial após janeiro de 2020 por conta do rompimento da barragem em Brumadinho, que completa oito meses nesta quarta-feira.
Leia Mais
Caminhão capota e deixa um morto na BR-381, no Sul de MinasCasal é executado dentro de casa dois dias após se mudar para o BarreiroAfluente do Rio Velhas em Nova Lima sofre com esgoto, lixo e entulhoMissão holandesa avalia barragens de rejeitos da mineração em MinasMinas tem 33 barragens interditadas pela Agência Nacional de Mineração; veja quaisVídeo emocionante: mãe de vítima agradece a bombeiros em BrumadinhoBarragens em áreas urbanas de Minas Gerais recebem prazo para cadastramentoSegmentos de corpos ainda são encontrados quase diariamente em Brumadinho Identificado corpo encontrado após oito meses de buscas em BrumadinhoCorpo é encontrado em Brumadinho depois de oito meses da tragédia Em Ouro Preto, lideranças discutem equilíbrio entre bem-estar social e desenvolvimento econômicoApós problema nas catracas, passageiros entram de graça no metrô no EldoradoAtividades de mina da Vale em Brumadinho deviam ter parado em 2016, diz inquéritoComo até o ano que vem a apuração definitiva dos danos pode não ter sido finalizada, Elton Pupo determinou que as instituições apresentem, até 21 de novembro, um critério mais preciso que o territorial. E até dezembro deste ano, o juiz dará nova decisão sobre esses pagamentos.
Em outubro, haverá outras duas audiências. No dia 17, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, e o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, serão ouvidos para ver se haverá ou não necessidade de racionamento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até lá, a Vale deve apresentar estudos sobre a necessidade e efetividade de medidas para prevenir e recuperar nascentes e afluentes do Rio das Velhas.
Depois, haverá uma audiência em 24 de outubro. Até lá, as partes devem apresentar um relatório sobre a saúde mental das vítimas da tragédia em Brumadinho, elaborado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental.
Fraudes
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte concedeu, ainda, prazo de 10 dias para que a Vale esclareça uma resposta dada à Defensoria Pública Estadual em que menciona indução por parte de funcionários públicos, sugerindo o recebimento de valores indevidos, como motivo para envio de mensagens aos atingidos pelo celular.
“De acordo com a Defensoria, a Vale estaria enviando SMS, reiteradamente, informando como proceder para devolver valores”, informa o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). “A Vale afirmou que os moradores disseram ter sido induzidos, inclusive por funcionários públicos, a se cadastrar para receber o pagamento emergencial, mesmo não tendo direito. Segundo o juiz, cabe à polícia apuração de eventuais falsidades e não há conhecimento sobre fraudes”, pontua. (Com informações do TJMG)
.