Jornal Estado de Minas

Superintendente do Iphan em Minas é exonerada e prefeitos de cidades históricas tentam reverter decisão



A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais, Célia Corsino, foi exonerada em portaria assinada nesta quarta-feira (25) pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra. Para o cargo, foi nomeado Jeyson Dias Cabral da Silva, formado em jornalismo, e ex-assessor de um vereador em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

O ato ocorre a poucos dias da reabertura da igreja São Francisco de Assis, na Pampulha - será na próxima sexta-feira (4), obra executada com dinheiro federal do PAC Cidades Históricas (R$ 1,1 milhão) e que teve grande empenho de Célia Corsino, principalmente para contornar o atraso no cronograma de obras em função de problemas alheios ao projeto.

Minas concentra 60% dos bens tombados pelo Iphan no país. Preocupados com a troca no comando e sabedores da competência técnica de Célia para o posto, os prefeitos de Diamantina (Juscelino Roque, do PMDB), Congonhas (Zelinho, do PSDB) e Ouro Preto (Júlio Pimenta, do PMDB) enviaram cartas ao ministro Osmar Terra pedindo a permanência de Célia na superintendência. As três cidades foram reconhecidas como patrimônio da humanidade pela Unesco.
 
Nas últimas semanas, superintendentes da autarquia federal e de outros quatro estados também foram exonerados. 
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