Dos 82 pontos de alagamento destacados em 2015 pela Carta de Inundações de Belo Horizonte, a Prefeitura de Belo Horizonte destacou nove considerados de alto risco e intensificou as ações de defesa civil nessas áreas, visando a preparação para o período chuvoso, entre outubro e março (confira os pontos na tabela). Na última estação chuvosa quatro pessoas morreram em Venda Nova, nos arredores da Avenida Vilarinho, em BH, por causa de alagamentos.
Enquanto obras de drenagem são contratadas para esses detinos e projetos ainda são elaborados, a estratégia é prevenir que a população circule pelas ruas que podem ser alagadas durante as tempestades.
De acordo com o subsecretário municipal de Proteção e Defesa Civil, coronel Waldir Figueiredo Vieira, o monitoramento das chuvas e níveis dos córregos, os alertas e o isolamento das áreas de inudações poderão imedir tragédias, como as quatro mortes ocorridas no último período chuvoso. "Belo Horizonte nunca esteve tão bem preparada para evitar que mortes ocorram durante um período chuvoso", afirma o coronel.
Saturação de galeria subterrânea potencializa enchentes na Vilarinho. Entenda
Inundações
Prefeitura destaca nove pontos de alto risco de enchentes:
- Avenida Vilarinho com Rua Doutor Álvaro Camargos
- Avenida Heráclito Mourão de Miranda com Avenida Clóvis Salgado
- Avenida Bernardo Vasconcelos com Avenida Cristiano Machado
- Rua Pitangui com Avenida Silviano Brandão
- Avenida Cristiano Machado, entre os bairros Primeiro de Maio e Suzana, com Avenida Sebastião de Brito
- Avenida Tereza Cristina com Avenida Palestina
- Avenida Silva Lobo com Avenida Barão Homem de Melo
- Avenida Francisco Sá com Rua Erê
- Avenida Prudente de Morais com Rua Joaquim Murtinho
Além dos nove trechos de vias em situação mais crítica foram criados pelos órgãos do sistema de defesa civil da capital mineira planos de contingência para outros 18 pontos da capitalmeineira também sucetíveis a esse tipo de desastre natural. "Com esse planejamento os vários órgãos podem atuar preventivamente, fechando o tráfego e promovendo desvios e alertando a comunidade", destaca o subsecretário. Para que possam funcionar, alguns desses pontos passam por simulados.
Os passageiros e pessoas que os aguardam no Aeroporto Internacional de Confins receberão avisos sobre vias passando por alagamentos. Essa medida pretende alertar até 30 mil pessoas por dia. o mesmo se pretende com os informes que serão veiculados pelo metrô pela CBTU, podendo alcansar quase 200 mil pessoas por dia. As populações que vivem nas áreas de risco também estarão sujeitas a alertas pelas redes sociais da defesa civil.
O serviço nacional de alertas 4199 também envia, há 3 anos, mensagens de SMS para pessoas que moram em áreas que estão ameaçadas ou que já enfrentam uma calamidade. Operadoras de TV a cabo também se comprometeram a propagar os alertas em suas programações para os assinantes que estiverem assitindo.
O monitoramento também está sendo incrementado. Auxiliando o radar meteorológico de Mateus Leme, na Grande BH, a prever a aproximação de perigos, funcionam 52 estações hidrometeorológicas capazes de verificar o aumento no volume dos córregos e ribeirões. Neste ano, as câmeras da BHTrans e da Guarda Civil Municipal também participarão do monitoramento e troca de informações com a transmissão da situação das ruas cobertas pelo sistema em tempo real.
Obras
O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, prevê que neste ano não haja mais de problemas trazidos pelas chuvas no Tirol (Barreiro). “A bacia de contenção foi concluída com grande capacidade na região e receberá a água que provocava as inundações. No Bairro Liberdade, na Pampulha, a Bacia de Assis vai conter também as inundações que ocorriam na região e na do Bairro Jaraguá e Aeroporto da Pampulha.Na semana que vem devemos concluir a bacia de contenção do Bairro das Indústrias, trazendo grande alívio para a drenagem do Arrudas na Avenida Tereza Cristina. A Prudente de Morais e Francisco Sá estão tendo projetos de drenagem sendo produzidos.
“A obra na Vilarinho prevê duas bacias de contenção no Córrego Lareira. Essa água toda se juntaria com a Vilarinho e têm conclusão prevista para um ano. Alguns pontos precisam de desapropriações. Em vez de escoar mais rapidamente a água, nossa opção, agora, é reter essa água em bacias na Vilarinho”, disse o secretário.