Prestes a completar quatro anos, o rompimento da barragem em Mariana, Região Central de Minas Gerais, considerada a maior tragédia ambiental do país, continua em um longo e demorado processo judicial. Desde 15 de novembro daquele ano, nenhuma pessoa foi condenada. Nessa quinta-feira, o juiz Jacques de Queiroz Ferreira, de Ponte Nova, rejeitou a denúncia contra oito executivos, sendo seis da Vale e outros dois da BHP Billinton.
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A Vale afirmou ao Estado de Minas que não vai se manifestar sobre a decisão. O Ministério Público Federal (MPF) foi procurado, mas também não se manifestou. A reportagem não conseguiu contato com representantes da BHP Billinton.