Foi identificado pela Polícia Civil o corpo da 250ª vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os restos mortais de Luciano de Almeida Rocha, 39 anos, foram localizados nesse fim de semana, oito meses depois do desastre.
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Vinte pessoas continuam desaparecidas. As buscas entraram em seu 249° dia. São 148 militares do Corpo de Bombeiros atuando em meio aos rejeitos de mineração que se deslocaram da barragem. Nesse momento, eles contam com a ajuda de dois cães e de máquinas pesadas. As ações ocorrem em 22 frentes.
O corpo encontrado está praticamente intacto, o que é possível por causa de um fenômeno chamado saponificação. Ele ocorre quando existe uma grande concentração de minério, com baixa presença de oxigênio no solo e temperatura baixa, favorecendo a conservação dos restos mortais.
O último corpo havia sendo encontrado em 30 de agosto. A vítima foi identificada como João Paulo Ferreira Amorim Valadão, que portava ainda um crachá. Ele estava em uma área conhecida como “frente remanso esquerdo 1” e foi localizado depois que os bombeiros mudaram de estratégia durante as buscas e passaram a escavar numa profundidade de três metros, em vez de dois.
A Polícia Federal (PF) indiciou sete funcionários da Vale e outros seis da Tüv Süd por falsidade ideológica e falsificação de documentos previstos na Lei de Crimes Ambientais, por causa do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. Como o Estado de Minas mostrou na edição de 21 de setembro, a Tüv Süd, uma das principais certificadoras do mundo, ignorou normas, alterou relatórios e distorceu informações repassadas a órgãos públicos de fiscalização e investigação para abocanhar essa fatia de mercado junto de uma das gigantes da mineração.