O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso para tentar reverter a decisão do juiz Jacques de Queiroz Ferreira, de Ponte Nova, que rejeitou a denúncia contra oito executivos, sendo seis da Vale e outros dois da BHP Billinton. Eles foram denunciados por responsabilidades no rompimento da Barragem em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, considerada a maior tragédia ambiental do país e que deixou 19 pessoas mortas.
Leia Mais
Juiz rejeita denúncia contra executivos de mineradoras por tragédia de Mariana Proprietário de mineradora é preso por derrubar Mata Atlântica em MarianaSeguro bilionário contratado pela Samarco mobiliza atingidos pela tragédia de Mariana Tragédia de Mariana: moradores temem perder 'velho Bento' antes de ocupar o novoMariana: 4 anos depois da tragédia, metade dos atingidos está em áreas de risco, diz MPCopam deve aprovar retomada de atividade da mineradora SamarcoFamília de desaparecido em tragédia de Mariana será indenizada em quase R$3 milhõesQuase 4 anos após tragédia, Samarco pode ser liberada para voltar a minerarPara o juiz, mesmo que os acusados façam parte do Conselho de Administração da Samarco, não podem ser incluídos na relação causal para fins de aplicação do direito penal. O magistrado Jacques de Queiroz utilizou os mesmos argumentos para beneficiar os seis executivos da Vale e os dois da BHP Billinton. São eles: Stephen Michael Potter, Gerd Peter Poppinga, Pedro José Rodrigues, Luciano Torres Sequeira, Maria Inês Gardonyi Carvalheiro, Sérgio Consoli Fernandes, André Ferreira Gavinho e Guilherme Campos Ferreira.
Na última semana, a Vale afirmou ao Estado de Minas que não vai se manifestar sobre a decisão. A reportagem não conseguiu contato com representantes da BHP Billinton.