Uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar tenta encontrar os criminosos que fizeram um gerente dos Correios e familiares dele reféns. O chamado “crime do sapatinho” teve início na noite dessa segunda-feira em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. O funcionário, a esposa e irmãos dele foram rendidos pela quadrilha e mantidos sob a mira de armas. Na manhã desta terça-feira, o gerente foi obrigado a ir até a agência, localizada em Prudente de Morais, cidade vizinha, e pegar dinheiro. As vítimas foram liberadas somente no fim da manhã, depois de aproximadamente 17 horas sob o poder dos bandidos. Ninguém foi preso.
De acordo com o tenente Sebastião Messias da Silva, comandante do pelotão da Polícia Militar (PM) de Prudente de Morais, a ação da quadrilha começou por volta das 18h de segunda-feira. “Os criminosos foram até a casa dos pais do gerente em Sete Lagoas e os mantiveram refém. Por volta das 21h, levaram o irmão e foram até a casa do funcionário dos Correios”, afirmou.
O irmão foi obrigado pelos bandidos a chamar pelo gerente. “Quando ele abriu para atender a porta, acabou rendido por dois criminosos armados. Falaram que era um assalto e disseram que queriam o dinheiro dos Correios, e que a família seria mantida refém”, explicou o tenente. Na casa, ficaram sob a mira dos criminosos, o funcionário, o irmão e a esposa dele.
Saque e fuga
Os momentos de terror continuaram durante toda a madrugada. Por volta das 3h, segundo a PM, dois integrantes da quadrilha chegaram no imóvel e levaram a esposa e o irmão do gerente para outro lugar. O funcionário dos Correios ficou sozinho na casa sob as ameaças de parte do grupo.
“Entre 7h e 8h, ele foi obrigado a se deslocar até Prudente de Morais, na agência em que trabalha. Lá, ele pegou aproximadamente R$ 30 mil e pagou como resgate dos familiares”, contou o tenente Sebastião Messias. O gerente entrou em contato com a PM, por volta das 10h. Os familiares dele foram libertados em Belo Horizonte no início da tarde.
Imagens sendo analisadas
Por meio de imagens de câmeras de segurança, a polícia conseguiu identificar dois veículos utilizados pelos criminosos: um Uno preto e um Onix prata. “Já sabemos que o Onix é clonado. Entramos em contato com a dona do veículo com a placa original, e confirmamos a informação. O outro ainda estamos analisando”, comentou o tenente.
As buscas estão sendo feitas em conjunto entre as polícias Civil e Militar.