"Ele vinha crescendo no crime depois que o irmão deixou o tráfico de drogas." Foi o que a delegada Bianca Prado disse sobre homem preso em flagrante considerado um dos maiores traficantes de facção criminosa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Welisson Ramos Natividade, de 40 anos, conhecido por Índio, é suspeito de “herdar” o comércio ilegal do irmão, que atuou por muitos anos em Santa Luzia, na Grande BH. O irmão deixou a vida do crime e hoje trabalha de forma lícita como motorista de aplicativo. A trama surpreendeu as autoridades, que disseram ser incomum deixar o “legado” para o familiar. Welisson ainda é investigado por quatro homicídios e teria ligação com uma das principais facções criminosas do estado de São Paulo.
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Um dos maiores traficantes da Grande BH, Índio é preso em flagrante em Santa Luzia Novo Cangaço: como era e como foi dominada superquadrilha no Norte de MinasMotorista de aplicativo reage a assalto e esfaqueia menor no Centro de BHChefe do tráfico responsável por 12 homicídios em Betim é presoPolícia prende homem por tráfico e apreende 10 quilos de maconha enterrados em MinasIncêndio em asilo deixa dois idosos feridos em Pará de MinasNa terça-feira, o homem terminou preso durante uma reunião com um gerente do tráfico, num encontro que tinha como objetivo contabilizar as drogas e o dinheiro arrecadado. “Foi uma prisão um pouco complicada porque eles tinham feito uso de drogas e estavam bastante alterados”, disse a delegada. Com o suspeito foram encontradas duas armas de fogo, munições, drogas, dinheiro e anotações da contabilidade do tráfico. Ainda foram apreendidos um carro e uma moto, que seriam utilizados no comércio ilegal de entorpecentes. Ele usava a CNH do irmão quando foi detido.
O irmão dele é M.R.P. Muito conhecido na região, atuou por muitos anos como traficante. Em 2016, foi preso em operação da Polícia Civil chamada Dilúvio. Na ocasião, foram expedidos 40 mandados de prisão para prender integrantes de organizações criminosas em Santa luzia. M.R.P foi um deles. “Hoje, está em liberdade. Ele cumpriu pena e não é mais investigado. Continuamos tendo notícias dele, mas apenas com atividades lícitas”, disse a delegada. Tudo indica que ele largou a vida de bandido e se restabeleceu. Ele trabalha como motorista de aplicativo de transporte. “Welisson herdou as bocas de fumo do irmão, que abandonou o tráfico há três anos”, acrescentou.
As apurações da polícia indicaram que Welisson auxiliou o irmão nos anos 1990. Chegou a ser preso e investigado em 2005. Cumpriu pena de sete meses e saiu das páginas policiais. Neste ano, voltou a ser investigado e, mais que isso, se tornou o principal alvo das polícias da Grande BH. “Mesmo com grandes apreensões de drogas feitas pela polícia, o comércio de Welisson era muito lucrativo, pois continuava distribuindo entorpecentes”, explicou a delegada. “Com a prisão dele, acredito que vamos frear o tráfico de drogas em Santa Luzia”, finalizou.
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