Jornal Estado de Minas

Reunião discute agressão de aluno contra professor em escola de BH



A agressão de um aluno de 12 anos contra um professor idoso, além de outros episódios de violência, foram tema de uma reunião na Escola Municipal Marlene Pereira Rancante, no Bairro Alípio de Melo, Região da Pampulha. Participaram professores e funcionários com uma equipe da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE). 

A agressão ocorreu nessa quarta-feira, quando a criança jogou uma caixa de plástico na cabeça do docente, que precisou ser levado a um hospital. Hoje ele está bem e participou da reunião. O professor está prestes a se aposentar e este é o último ano de trabalho dele. 

Diretora do Sind-REDE, Cláudia Lopes da Costa, disse que o encontro houve foi para ouvir os professores e fazer propostas. A reunião foi até o início desta tarde. Segundo ela, as principais são a contratação de mais um coordenador e repasse financeiro para que sejam realizadas reuniões pedagógicas. “Pelo que os professores relataram, já vem ocorrendo esse tipo de situação. Agressões verbais são frequentes e professores estão em um clima de ameaça mesmo, ficam trabalhando sem saber se serão agredidos ou não”, disse Cláudia. 

Por conta de um boato de que as aulas seriam suspensas, muitos estudantes não compareceram à instituição nesta manhã, mas professores atenderam estudantes que que estiveram no local pela manhã.
Também há aulas hoje à tarde. 
 
Ao contrário do Sind-REDE, a Secretaria Municipal de Educação afirma que o que ocorreu na escola do Alípio de Melo foi um caso isolado. “A escola não tem perfil de violência e todas as medidas foram tomadas, dentro do regimento escolar. A Secretaria ressalta que há programas de prevenção nas escolas como o Clima Escolar e o Práticas Restaurativas. Não houve interrupção das aulas e a Escola está funcionando normalmente”, diz a nota. A Secretaria não comentou a reunião de hoje.

De acordo com a Polícia Civil, o adolescente, o professor e testemunhas foram ouvidos no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA- BH). Depois, foram encaminhadas para uma audiência com o Juiz.
Como o caso corre em segredo de Justiça, mais detalhes não foram repassados.
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