Pelo bem dos animais e para conhecer o cartão-postal revitalizado: dezenas de pessoas se deslocaram, na noite desta sexta-feira (4), à Igreja São Francisco de Assis, na Orla da Lagoa da Pampulha, para acompanhar a celebração dedicada ao padroeiro dos animais.
Cães, gatos, pintinhos e até tartaruga estavam entre os fiéis. A gatinha Princesa, de cerca de 1 ano e 6 meses, era uma das que mais precisava do auxílio duvido.
Diagnosticada com leucemia, Princesa passou por transfusão de sangue no último fim de semana. No colo do dono Wanderson da Silva, de 35 anos, o felino observava atentamente o vai e vem dos pets. “A gente trouxe ela pra abençoar mesmo. Peguei ela ainda filhote e agora veio essa complicação. Mas, graças a Deus, ela está se recuperando”, conta Wanderson.
Em depoimento ao Estado de Minas, o padre José Geraldo Sobreira, que celebrou a cerimônia, ressalta a importância de São Francisco de Assis para a Igreja Católica. “Se temos cuidado com a vida dos nossos irmãos e irmãs, por que também não ter com nossos irmãozinhos de São Francisco? São Francisco chamava a natureza de sua irmã. Toda a natureza e a criação louva o nome do senhor. Esse é o sentido da benção”, explica.
Ao lado das netas e da filha, o aposentado e auxiliar de advogado José Luiz Quirino, de 76, levou animais “diferentões” para a celebração. “Estamos aqui com uma tartaruga, três pintinhos e um hamster. É um momento especial para as crianças e os animais”, diz.
A bióloga Patrícia Ferreira se deslocou à celebração para abençoar sua profissão e a cachorrinha Luna. “Sou católica e acredito em São Francisco de Assis, porque ele tem um poder muito grande sobre os animais e os humanos também. É a segunda vez que minha cachorrinha vem e ela está muito saudável.”, destaca.
Reinauguração
Fechada desde 2016, a Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer, foi restaurada e reaberta ao público. A Igrejinha de São Francisco de Assis abriu suas portas ao público nesta sexta-feira.
Trata-se de um dos ícones do conjunto moderno da Pampulha, projetado na década de 1940 por Oscar Niemeyer. Inaugurado no começo daquela década, o templo foi considerado 'moderno demais' e só foi formalmente reconhecido para poder receber atividades religiosas nos anos 1950.