Neste sábado (5), se completam dois anos da tragédia ocorrida na Creche Gente Inocente, em Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais. Em 5 de outubro de 2017, o porteiro Damião Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo em crianças e nele mesmo. O fato deixou 14 pessoas mortas – 10 delas crianças e a professora Helley de Abreu Silva Batista, que dá nome à entidade atualmente.
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O evento vai acontecei num clube situado no Bairro Barbosa, em Janaúba. Haverá distribuição de presentes, brincadeiras, comida, tirolesa e apresentações artísticas.
Indenizações
Em meio à busca por um futuro melhor de quem ficou, as indenizações para os familiares das vítimas ainda arrastam na Justiça. Segundo o defensor público Gustavo Dayrell, de Janaúba, as indenizações definitivas ainda estão em fase de instrução no Poder Judiciário.
“A tragédia deixou várias sequelas, sobretudo no que tange à saúde física e psicológica. Por isso, a situação é precária, já que demanda gastos financeiros”, ressalta.
Tramitam na Justiça uma ação de indenização coletiva e outras três individuais. Algumas ações relacionadas a medicamentos já foram acatadas pela Justiça.
Enquanto os processos ainda engatinham, auxílios são pagos às famílias. Os valores variam entre R$ 500 e R$ 1 mil, dependendo das fragilidades dos núcleos com relação à saúde.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o governo municipal pagaria esses auxílios até dezembro do ano passado. Contudo, negociações estenderam o prazo para até o fim deste ano.
No total, de acordo com a Justiça, a prefeitura de Janaúba já pagou R$ 1,2 milhão às 80 famílias prejudicadas pela tragédia.
O massacre
Às 9h30 do dia 5 de outubro de 2017, o vigia Damião dos Santos invadiu a Creche Gente Inocente e ateou fogo na sala onde os alunos estavam.
Ele matou a si próprio e retirou a vida de outras 13 pessoas, entre as quais 10 crianças e a professora Helley Abreu. Mais de 50 pessoas ficaram feridas.
Na ocasião, a professora Helley, que hoje dá nome à creche, entrou em confronto corporal com o vigia Damião e impediu que ele ferisse mais crianças. Ela ainda ajudou no resgate dos alunos e morreu com 90% do corpo queimado.
Depois, investigação da Polícia Civil apontou que o vigia sofria de transtorno mental (mania de perseguição).