A primeira missa depois de quase dois anos não podia ser diferente. Foi especial. Mais que fé, uma energia traduzida em forma de esperança parece ter tomado conta da Igreja São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte. Sob as bênçãos do santo, fiéis e visitantes reencontraram essa joia do patrimônio brasileiro e aproveitaram para renovar valores espirituais em celebração na manhã deste domingo. Igreja pede que bem seja conservado.
O padre Weliton da Silva Lopes não escondeu a certa apreensão que tomou conta dele. Afinal, era sua primeira celebração nesse templo. “Esse sentimento é pelo grau de responsabilidade da missão de celebrar em local tão visível pela importância cultural, histórica e religiosa”, disse. “Ao mesmo tempo, é um sentimento de esperança”, completou.
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E chamou os fiéis a conservar a igreja. “Na sexta-feira, na inauguração, alguém disse que a restauração dura em média 10 anos. As reformas não podem durar apenas 10 anos. Essa de agora foi grande e muito completa. É preciso ter cuidado para não fazer nada que possa danificar nosso patrimônio.”
A dona de casa Maria Neuza Rodrigues, de 77 anos, moradora do Sagrada Família, na Região Leste de BH, estava na Igrejinha pela quarta vez, mas a primeira para assistir a uma missa. “A igreja está linda. Hoje é um dia muito especial”, disse.
O técnico em mecânica automotiva Roberto Soares de Carvalho, de 46, estava com o filho Daniel Paraíso Carvalho, de 3. Os dois saíram do Bairro Santa Mônica, na Pampulha, especialmente para a primeira celebração depois da reforma. “O Daniel foi batizado aqui. Vim pedir a graça de São Francisco de Assis e proteção para ele”, contou.
Titular da Paróquia de Santo Antônio da Pampulha, padre Weliton agora se dividirá entre os dois lugares. Na Pampulha, as missas continuarão a ocorrer apenas aos domingos, às 10h30. A agenda para casamentos e batizados será aberta somente ano que vem.