Bombeiros resgataram um sino entre os escombros da Igreja de Santa Rita de Cássia, no distrito de Sopa, em Diamantina. O templo no Vale do Jequitinhonha foi destruído por um incêndio de grandes proporções na tarde de sexta-feira (4/10). Da construção física, sobraram apenas as paredes. Outros objetos foram retirados das cinzas, como um crucifixo. A perícia da Polícia Civil ainda investiga o que provocou o incêndio. O primeiro laudo técnico deve ser apresentado em 30 dias.
No sábado (5/10), o distrito recebeu a visita do arcebispo de Diamantina, dom Darci José Nicioli, que viu de perto a destruição provocada pelas chamas. Conforme Ailton da Conceição, o arcebispo prometeu para os moradores que a Mitra Diocesana vai empreendedor todos os esforços para a reconstrução da capela.
Os bombeiros entraram no interior do templo atingido pelo incêndio e recuperaram vários objetos no meio das cinzas. Um deles foi o sino. Conforme a secretária municipal de Cultura e Turismo de Diamantina, Márcia Betânia Oliveira Horta, o sino é datado de 1936 e tem uma inscrição com informação de que foi fundido em Itabirito, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A secretária disse que também foram encontrados outros objetos, como castiçais, vasos e o turíbulo – recipiente de metal usado para queimar o incenso. Em exercício de fé, moradores apanharam as cinzas do sacrário (local usado para colocar as hóstias) para colocar em plantas. Márcia Betânia disse que, após a retirada dos objetos foi providenciado o escoramento das paredes que restaram da construção histórica. Enquanto aguarda o resultado da perícia sobre as causas do incêndio, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Diamantina iniciou os trabalhos para tentar agilizar a reconstrução da histórica igreja de Sopa. O templo passou por ampla reforma em 2015. “Vamos procurar empresas da região para levantar os recursos”, anunciou Márcia Betânia, acrescentando que o município também deverá manter contatos com órgãos públicos como o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“O custo das obras ainda terá que ser levantado pelos engenheiros da prefeitura”, comentou. A secretária de Cultura e Turismo de Diamantina disse que também não sabe se na reconstrução serão recuperadas características originais da igreja. “Essa é uma questão que será decidida após discussão com a comunidade, com a Mitra Diocesana e com o Iepha-MG”, argumentou.