Os breves 25 segundos de semáforo verde representam longas filas de carros e fechamento do cruzamento das avenidas Waldomiro Lobo com Cristiano Machado. A lentidão se deve ao fato de que nem todos os veículos conseguem concluir a tempo a travessia de 60 metros entre os bairros Guarani e Heliópolis, na Região Nordeste de Belo Horizonte, o que causa reflexos no trânsito de toda a Avenida Cristiano Machado, sobretudo nos horários de pico – das 7h às 9h e das 18h às 20h.
Essa mesma dificuldade enfrentam os motoristas e passageiros que dispõem de 20 segundos para cruzar a Cristiano Machado entre os bairros Juliana e Vila Clóris, em Venda Nova, perto do Shopping Estação e da Catedral Cristo Rei, assim como os que têm 25 segundos para seguir na Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Primeiro de Maio, Região Nordeste de BH. Gargalos em local criado para ser uma via expressa rumo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, mas que ainda depende de obras previstas desde 2005.
Todos os dias, o operador de máquinas Emerson Alves da Silva, de 47 anos, precisa seguir cedo pela Avenida Cristiano Machado e retornar na mesma via para acessar a Região de Venda Nova. “Quanto mais cedo, devido ao grande número de carros, fica ainda pior fazer o retorno. Às vezes, vemos o semáforo abrindo e fechando várias vezes até que a nossa hora chegue. O pior é que tem gente que em vez de esperar na fila da esquerda, tenta ser mais esperto e faz uma segunda fila entrando pela direita. Isso piora ainda mais o tráfego”, afirma.
"Passou da hora de ter um viaduto ou trincheira aqui, porque o acúmulo de carros tira uma faixa de cada sentido da avenida e agarra o trânsito de quem vem do Centro ou da Cidade Administrativa", diz Emerson. Uma situação similar ocorre no Bairro Primeiro de Maio, no acesso da Avenida Cristiano Machado com a Avenida Sebastião de Brito. Contudo, no local a solução formulada por enquanto é a criação de um viaduto.
A operadora de caixa Patrícia Soares, de 35, nunca consegue atravessar de uma só vez a faixa na Cristiano Machado no cruzamento com a Avenida Waldomiro Lobo, entre os bairros Guarani e Heliópolis. São apenas 25 segundos para cruzar os 60 metros a pé e, caso esse trajeto não seja concluído, a espera para que o semáforo de pedestres acenda a luz verde é de mais um minuto e 15 segundos.
Em dias ensolarados, os pedestres precisam aguardar esse tempo sob forte calor e sem qualquer abrigo. "É praticamente impossível atravessar num sinal verde só. Isso foi muito mal-feito. Com a criação de um viaduto, espero que seja criado também uma passarela para facilitar a nossa vida", disse a operadora, que mora no Bairro Lagoa, em Venda Nova, e trabalha no Guarani.
Essa mesma dificuldade enfrentam os motoristas e passageiros que dispõem de 20 segundos para cruzar a Cristiano Machado entre os bairros Juliana e Vila Clóris, em Venda Nova, perto do Shopping Estação e da Catedral Cristo Rei, assim como os que têm 25 segundos para seguir na Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Primeiro de Maio, Região Nordeste de BH. Gargalos em local criado para ser uma via expressa rumo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, mas que ainda depende de obras previstas desde 2005.
Trechos críticos da Cristiano Machado
Os trechos, segundo o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, são os piores da Cristiano Machado. Porém, a situação pode ser atenuada com a construção de dois viadutos e uma trincheira a partir do ano que vem, projeto anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD). A previsão é de que um viaduto seja erguido no cruzamento com a Sebastião de Brito e outro com a Waldomiro Lobo. A trincheira será escavada sob a região do Shopping Estação BH.As intervenções estavam previstas desde a concepção da Linha Verde, em 2005. Mas, quando o principal corredor de ligação do Centro de BH com o aeroporto foi inaugurado, em 2009, as três travessias tinham sido suprimidas do trajeto composto pela Avenida Cristiano Machado, rodovia MG-010 e rodovia LMG-800. Desde então, a ideia de a Linha Verde ser uma via de trânsito sem paradas em semáforos ficou ainda mais distante, como comprovam histórias contadas ao Estado de Minas por quem tem na rotina enfrentar o tráfego no trecho."Passou da hora de ter um viaduto ou trincheira aqui"
Emerson Alves da Silva, operador de máquinas
Todos os dias, o operador de máquinas Emerson Alves da Silva, de 47 anos, precisa seguir cedo pela Avenida Cristiano Machado e retornar na mesma via para acessar a Região de Venda Nova. “Quanto mais cedo, devido ao grande número de carros, fica ainda pior fazer o retorno. Às vezes, vemos o semáforo abrindo e fechando várias vezes até que a nossa hora chegue. O pior é que tem gente que em vez de esperar na fila da esquerda, tenta ser mais esperto e faz uma segunda fila entrando pela direita. Isso piora ainda mais o tráfego”, afirma.
Tempo curto para atravessar
No cruzamento que tem planos de receber uma trincheira e também um bulevar, atualmente a passagem de carros retornando, tanto no sentido Venda Nova quanto no sentido Linha Verde, precisa ser feita em 25 segundos. Quem não consegue, fica preso no cruzamento, que também é feito por ônibus articulados, ou precisa aguardar mais um minuto e meio para uma nova janela de passagem. Com isso, as filas se prolongam além das faixas da esquerda (de 110 metros), específicas para aguardar a travessia nos dois sentidos. No local há duas passagens retornando nos sentidos opostos da avenida."Passou da hora de ter um viaduto ou trincheira aqui, porque o acúmulo de carros tira uma faixa de cada sentido da avenida e agarra o trânsito de quem vem do Centro ou da Cidade Administrativa", diz Emerson. Uma situação similar ocorre no Bairro Primeiro de Maio, no acesso da Avenida Cristiano Machado com a Avenida Sebastião de Brito. Contudo, no local a solução formulada por enquanto é a criação de um viaduto.
Pedestres criticam semáforos
Se para os carros e ônibus as travessias são curtas e criam fileiras que roubam espaço de fluidez do trânsito, para os pedestres é ainda pior, estimulando, muitas vezes, que pessoas impacientes e imprudentes se arrisquem atravessando o tráfego de 130 mil veículos por dia na mais movimentada avenida da capital mineira.A operadora de caixa Patrícia Soares, de 35, nunca consegue atravessar de uma só vez a faixa na Cristiano Machado no cruzamento com a Avenida Waldomiro Lobo, entre os bairros Guarani e Heliópolis. São apenas 25 segundos para cruzar os 60 metros a pé e, caso esse trajeto não seja concluído, a espera para que o semáforo de pedestres acenda a luz verde é de mais um minuto e 15 segundos.
Em dias ensolarados, os pedestres precisam aguardar esse tempo sob forte calor e sem qualquer abrigo. "É praticamente impossível atravessar num sinal verde só. Isso foi muito mal-feito. Com a criação de um viaduto, espero que seja criado também uma passarela para facilitar a nossa vida", disse a operadora, que mora no Bairro Lagoa, em Venda Nova, e trabalha no Guarani.