Um artista plástico de 69 anos que foi condenado injustamente por estupro e chegou a ficar preso por 18 anos, vai receber uma indenização de R$ 3 milhões do estado. Eugênio Fiuza Queiroz ficou preso enquanto o verdadeiro estuprador, Pedro Meyer Ferreira Guimarães, estava solto. Somente em 2012, Pedro Meyer foi preso ao ser reconhecido pelas vítimas como verdadeiro autor dos crimes.
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Entregador de gás acusado injustamente de furtar bolsa de cliente será indenizadoHomem que ficou preso injustamente vai entrar com ação por danos moraisPolícia ainda está à procura de homem que assassinou agente de saúde em Betim Em ato na porta do Magnum, suspeito de abusos se defende: 'Não podemos deixar injustiças como esta'Polícia Rodoviária Federal apreende 240 quilos de maconha na BR-381Eugênio foi preso e algemado em agosto de 1995, quando conversava com sua namorada em uma praça do Bairro Colégio Batista, sem mandado de prisão, sob a alegação de ter sido reconhecido por uma das vítimas de uma série de estupros ocorridos naquela época. Levado à delegacia, outras vitimas o apontaram como autor de outros estupros. Isso motivou seu indiciamento e posterior condenação em cinco processos. Ele alegou ainda que confessou os crimes mediante tortura, física e psicológica.
O homem condenado injustamente disse que chegou a pensar em se suicidar por ter sido submetido a diversas situações que o levaram à perda da honra, imagem e dignidade.
Somente em 2012, após a prisão e o reconhecimento pelas vítimas do verdadeiro autor dos crimes, Pedro Meyer Ferreira Guimarães, é que o condenado injustamente conseguiu pedir a revisão criminal de suas cinco condenações e ver reconhecida sua inocência.
Ao analisar a ação, o juiz Rogério Santos Araújo observou que o estado também está subordinado à lei e é não só um sujeito de direitos, mas também de obrigações. O magistrado considerou que as revisões criminais reconheceram o equívoco das condenações e que o tem o dever de indenizar todo aquele que sofreu prejuízos em decorrência das decisões judiciais manifestamente equivocadas..