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Estado de Minas

PBH promove ações para alertar sobre a sífilis, que já contaminou mais de 8 mil este ano

Doença pode ser adquirida na relação sexual sem camisinha e também na gestação ou no parto, nos casos congênitos. Nos próximos dias, prefeitura da capital vai realizar atividades de conscientização


18/10/2019 09:31 - atualizado 18/10/2019 12:59

O uso do preservativo é a maneira mais segura de se evitar a transmissão sexual. Em BH, a prefeitura distribui cerca de 700 mil preservativos todos os meses nas unidades de saúde
O uso do preservativo é a maneira mais segura de se evitar a transmissão sexual. Em BH, a prefeitura distribui cerca de 700 mil preservativos todos os meses nas unidades de saúde (foto: Reprodução da internet/SES-MG)


Mais de 8 mil pessoas contraíram sífilis em Minas Gerais neste ano, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. A doença também atinge gestantes e recém-nascidos. Para alertar a população sobre os cuidados para evitar a doença, a prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai promover ações nas ruas. A campanha vai abordar a importância do diagnóstico precoce da doença, tanto adquirida quanto congênita, além de tratamento e prevenção. 

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível e pode ser transmitida também da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. O uso do preservativo é a maneira mais segura de se evitar a transmissão sexual. Quanto mais cedo o diagnóstico e o início de tratamento, menores são as chances de adoecimento e transmissão para outras pessoas. Em 2016, Minas Gerais passou por uma epidemia de sífilis. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, 8.235 pessoas contraíram a doença entre janeiro e agosto de 2019. Em todo o ano passado, o número de casos chegou a 14.842. De janeiro a agosto, foram 2.514 casos em gestantes. Os casos da doença na forma congênita (da mãe para o bebê), chegaram a 1.336 de janeiro a julho em Minas. Conforme a pasta, a sífilis congênita pode causar nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, pneumonia, má-formação, anemia e até acometimento cerebral. 

“Em Belo Horizonte, a prefeitura distribui, mensalmente, nas unidades de saúde, cerca de 700 mil preservativos. Os exames e teste rápidos para diagnóstico da sífilis estão disponíveis nos 152 Centros de Saúde e também nos dois Centros de Testagem e Aconselhamento da capital: um no bairro Sagrada Família (Rua Joaquim Felício, 141) e outro no Centro (Rua Saturnino de Brito, 17 – 3º andar). A doença tem cura e o tratamento é ofertado nas unidades de saúde da capital”, alerta a prefeitura da capital. 

Tabela mostra os números dos casos de sífilis adquirida em Minas
Tabela mostra os números dos casos de sífilis adquirida em Minas (foto: SES-MG/Divulgação)


Veja o cronograma de ações da PBH nos próximos dias


18 de outubro, das 11h às 14h

Distribuição de informativos e preservativos para usuários dos Restaurantes Populares de Belo Horizonte
 
21 a 25 de outubro, das 8h às 17h

Intensificação da oferta de teste rápido nos Centros de Testagem e Unidades de Referência

- Rua Saturnino de Brito, 17 – Centro /3º andar
- Rua Joaquim Felício, 141 – Sagrada Família
- Rua Paraíba, 890 – Funcionários
- Alameda Vereador Álvaro Celso, 241 - Santa Efigênia
 

23 de outubro, às 9h30

Ação de mobilização na estação Central do metrô
 
24 de outubro, às 9h

Ação de mobilização próximo à Rodoviária e do Centro de Testagem e Aconselhamento UAI (Rua Saturnino de Brito, 17 – Centro /3º andar)


Sintomas e estágios


A Secretaria de Estado de Saúde explica que a sífilis tem diferentes estágios que se caracterizam conforme a infectividade e tempo de exposição no organismo. Confira:  

Sífilis Primária: Apresenta uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis, vagina, ânus, boca), denominada de “cancro duro”; única, indolor. Esse estágio pode durar entre duas a seis semanas.

Sífilis Secundária: os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a infecção e duram em média entre quatro e 12 semanas; podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas e/ou pápulas, principalmente no tronco; lesões eritemato-escamosas palmo-plantares não pruriginosas, queda de cabelo, febre, mal-estar, dor de cabeça.

Sífilis Latente: período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma clínico da sífilis, é subdividida em latente recente (menos de um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção, mas o indivíduo continua a transmitir a doença.

Sífilis Terciária: Ocorre após o não tratamento da doença podendo cursar de dois anos a 40 anos depois do início da infecção. Nesta fase a sífilis acomete o sistema nervoso central causando neurossífilis, problemas cardiovasculares e complicações ósseas.

Fonte:
 Secretaria de Estado de Saúde


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