Está cada vez mais difícil respirar em Belo Horizonte. Segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a combinação entre tempo seco e queimadas fez com que o Índice de Qualidade do Ar na capital mineira - indicador padronizado do nível de poluição na atmosfera - baixasse para "inadequado" nesta sexta-feira (18). A escala de monitoramento varia entre cinco diferentes níveis: "boa", "regular", "inadequada", "péssima" ou "crítica". De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade do ar atingiu 15% na Região da Pampulha.
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Tempo seco
Para meteorologista Anete Fernandes, a baixa umidade do ar detectada em Belo Horizonte ao longo da semana se deve à falta de chuva, além das temperaturas altas. Uma consequência desse fenômeno é a névoa seca. Ela ocorre quando uma massa de ar se mistura com a poluição - no caso, a fuligem das queimadas no entorno da capital, deixando a linha do horizonte mais opaca e embaçada.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o índice mais baixo de umidade registrado nesta sexta foi de 15% na Região da Pampulha, e 22% no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da cidade. Critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) consideram percentuais entre 21% e 30% como "estado de atenção". O índice considerado ideal é de 60%.
A boa notícia é que a situação deve melhorar já neste fim de semana. A especialista Anete Fernandes informa deve chover tanto sábado (19), quanto domingo (20). "Com a chuva, a umidade aumenta e limpa a atmosfera”, explica a meteorologista.
* A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.