Jornal Estado de Minas

Moradora do Caiçara, apresentadora do JA relata momentos de horror durante queda de avião



"Imagina se um avião desses bate na minha janela? Nossa vida tinha acabado!". O relato é de Carolina Saraiva, apresentadora do Jornal da Alterosa que mora com o marido e a filha de três meses no Bairro Caiçaralocal onde o avião de pequeno porte modelo SR 20 Cirrus Design caiu na manhã desta segunda-feira (21). Do apartamento situado na rua Minerva, a apenas 40 metros do desastre, a jornalista viu a aeronave se aproximar, escutou o estrondo da explosão e se viu em meio a tanta fumaça, que teve medo de que a família fosse asfixiada. 


"Por causa disso, saímos de casa correndo, sem levar nada. Eu só pensava que a minha filha não podia inalar aquela fumaça de jeito nenhum. Foi aquela correria. Minha mãe apenas pegou o bebê no colo e desceu de escada para a rua. Eu desci em seguida, pois estava tão nervosa, que não tive condição de segurar minha menina", conta a apresentadora, que está de licença maternidade até novembro.

As três, felizmente, passam bem. Estão hospedadas na casa da avó de Carolina, que mora na Rua Francisco Teles, a alguns quarteirões da rua Minerva.
O trajeto foi feito à pé, com a ajuda de um personal trainer que atua na academia próxima de sua residência. Emocionada, a apresentadora diz que não esperava testemunhar o mesmo acidente em tão pouco tempo - em abril deste ano, um aeronave caiu na mesma rua, matando o piloto. 



"Foi um susto muito grande. Mesmo. Por Deus, não imaginei que fosse passar por isso novamente. Desde aquela época, luto de todas as maneiras que posso por uma fiscalização mais eficaz do funcionamento do aeroporto Carlos Prates. Começando pela garantia e que as aeronaves que circulam aqui na região têm condições mínimas de decolar e aterrissar", afirma a jornalista.

Carolina e sua família devem passar a noite na casa da avó, pois o edifício em que ela mora está sem energia elétrica por conta do acidente. "Meu marido ao menos conseguiu voltar no nosso apartamento para buscar o leite materno que armazeno para a nossa filha no congelador.
Como o fornecimento de energia elétrica foi prejudicado, nós perderíamos tudo, se não buscássemos", relata. 
 
 



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