Jornal Estado de Minas

Moradores do Bairro Caiçara criam comissão e vão acionar Ministério Público

Carolina Quelotti, coordenadora de um grupo de vizinhos que engloba vários bairros da mesma Região Noroeste, faz parte da comissão criada pelos moradores - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.APress

Após a queda do avião no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de BH, que deixou três mortos e três feridos em estado grave, alguns moradores se reuniram na Praça Rosinha Sigaud na tarde desta segunda-feira. Eles criaram uma comissão para tomar medidas a respeito do acidente e informaram que farão uma homenagem às vítimas e acionarão o Ministério Público Federal (MPF). 

Carolina Quelotti, moradora do bairro há mais de 35 anos, coordena um grupo de vizinhos que engloba os bairros Caiçara, Caiçara-Adelaide, Caiçara Caparaó, Vila amaral, Jardim Montanhês, Monsenhor Messias, Pedro Segundo e Jardim Alvorada, da mesma região, já que a única associação de moradores do bairro está inativa. Ela e outros moradores tomaram a frente da situação após o acidente. 


Carolina informou que nos últimos 10 anos se lembra pelo menos 12 acidentes na região, incluindo Padre Eustáquio, Carlos Prates e Anel Rodoviário. Um abaixo-assinado para o fechamento do Aeroporto Carlos Prates já circula no grupo de whastapp criado pelos moradores e já ultrapassa 10 mil assinaturas.

Carlona Quelotti também afirmou que um morador já mandou uma solicitação ao Ministério Público Federal para que seja buscada uma solução. O grupo de moradores pede a realização de uma audiência pública

Duda Salabert, candidata a senadora nas últimas eleições e moradora do bairro, também esteve presente na reunião. “O aeroporto pode tranquilamente ser fechado, porque ele é em sua maioria para treinamento de pilotos e é insano fazer esse tipo de treinamento numa áera tão populosa como esses bairros", disse ela. 

Ângela Peralva, professora e moradora há mais de 14 anos do Bairro Caiçara, informou que um procedimento foi aberto em 2018 exigindo fiscalização do Aeroporto Carlos Prates, mas até o momento não houve resposta. Outro abaixo-assinado, do Bairro Coração Eucarístico, na mesma região, foi feito, porém, também não obteve sucesso até o momento. Ela ressaltou que a criação do grupo de WhatsApp tem como objetivo buscar apoio de outras associações de moradores de bairros próximos
 
*Estagiária sob supervisão da ediotra-assistente Vera Schmitz 
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