Dois homens foram presos pela Polícia Civil, nesta segunda-feira, suspeitos de fazer parte de uma quadrilha especializada em explosões de caixas eletrônicos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outros dois integrantes do grupo já estavam presos e um quinto envolvido conseguiu escapar.
Os mandados foram cumpridos em um aglomerado próximo à Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, dentro de um presídio de Betim e em Esmeraldas, ambas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante a operação, também foi preso um suspeito por homicídio.
Além da dupla, outros dois integrantes da quadrilha já estavam detidos no Ceresp de Betim, por outros crimes e os mandatos de prisão foram cumpridos na cadeia. "Mesmo presos estavam participando das ações. Foram encontrados celulares na cela", contou delegado Rodrigo Bustamante. A expectativa da Polícia Civil, segundo o delegado, é dar continuidade às investigações e identificar os fornecedores de explosivos da quadrilha.
Cerca de 70 policiais civis participaram da operação, batizada de "Crepitus", que também conta com o apoio aéreo da Coordenação Aeronáutica da Polícia Civil, com o helicóptero Carcará.
Os cinco suspeitos foram identificados pela polícia em maio, após a quadrilha explodir duas agências bancárias na Região Metropolitana de Belo Horizonte em um intervalo de menos de 20 dias. O primeiro alvo foi um caixa eletrônico dentro de uma farmácia, em Contagem. Segundo a polícia, o morador do imóvel acima da farmácia disse que escutou um barulho de pessoas tentando arrombar a porta do estabelecimento por volta das 3h40. Em seguida, ouviu um estrondo que danificou três janelas e duas portas de sua casa. Quando foi ver do que se tratava, percebeu homens correndo em direção a um carro prata.
Quatorze dias depois, a quadrilha explodiu uma agência do Banco Bradesco de Esmeraldas. De acordo com a polícia, a agência fica na praça central de Esmeraldas e os bandidos espalharam 'miguelitos' nas imediações do banco, objetos pontiagudos usados para furar pneus de viaturas. Esses objetos também foram espalhados na porta do 65º Batalhão da PM, furando o pneu de uma das viaturas. Nas duas ações os criminosos saíram de mãos vazias.