Moradores do Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte, ainda tentam se refazer dos momentos dramáticos vividos na manhã dessa segunda-feira, quando um avião – o segundo em seis meses – caiu na Rua Minerva, matando três pessoas e deixando outras três feridas. Nesta terça-feira, técnicos de empresas de telefonia e energia ainda trabalhavam para tentar normalizar os serviços. Entre a população, o clima é de pesar.
Leia Mais
Aviador e pedreiro mortos em queda de avião no Caiçara serão enterrados hojeOpinião: ''É preciso que prefeitura e Infraero tirem esta bomba-relógio de nossas cabeças''Segundo desastre aéreo no ano multiplica mortes e indignação no Caiçara: 'Vão esperar cair em cima de um prédio?'Belo-horizontinos vão às ruas pela desativação do aeroporto Carlos Prates PF entra na investigação da queda de avião no Caiçara. Piloto não resiste e morreCriança mineira é atingida por pedaço de concreto que caiu de prédio em GuarapariFuncionários da Oi trabalham nas redes para restabelecer a internet. O fornecimento de energia elétrica retornou na madrugada. O cheiro de fumaça ainda é forte e as pessoas do bairro estão sem acreditar que ocorreu um segundo acidente aéreo na mesma rua.
Muitas são as histórias de pessoas que escaparam por um triz do acidente. A comerciante Nelma Maria Timóteo, de 48 anos, contou que o irmão estava a poucos metros de onde o avião caiu. "Por um pouquinho, meu irmão não morreu. Alguém o cumprimentou e ele diminuiu o passo", disse. As pessoas também se perguntam "como dois raios podem cair no mesmo lugar". "Estou apavorada até agora. Estamos nos perguntando: no mesmo lugar, na mesma rua, com diferença tão pouca?", questiona Nelma.
Muitas são as histórias de pessoas que escaparam por um triz do acidente. A comerciante Nelma Maria Timóteo, de 48 anos, contou que o irmão estava a poucos metros de onde o avião caiu. "Por um pouquinho, meu irmão não morreu. Alguém o cumprimentou e ele diminuiu o passo", disse. As pessoas também se perguntam "como dois raios podem cair no mesmo lugar". "Estou apavorada até agora. Estamos nos perguntando: no mesmo lugar, na mesma rua, com diferença tão pouca?", questiona Nelma.
Às 8h14min03 de ontem, o avião modelo SR 20 decolou da pista do Aeroporto Carlos Prates, cruzou a Avenida Dom Pedro II e alcançou os limites do Bairro Caiçara. Nesse momento, ele fez um retorno brusco na própria rota e caiu na Rua Minerva, em frente ao número 308, exatos 21 segundos depois de levantar voo. Antes do choque no solo, abriu um paraquedas, que ficou esticado pela Rua Minerva e ainda atingiu três veículos. O avião e os carros pegaram fogo. (Colaborou Cristiane Silva)
As vítimas
Mortos
Do aparelho
Hugo Fonseca Silva, 38 anos
Era morador de Contagem, na Grande BH. Deixa a esposa e o filho Miguel, de 1 ano
Em terra
Pedro Antônio Barbosa, de 54
Estava em um dos três carros destruídos. Era de Venda Nova e estava indo trabalhar em uma obra
Estava em um dos três carros destruídos. Era de Venda Nova e estava indo trabalhar em uma obra
Paulo Jorge de Almeida, de 61
Estava no mesmo carro. Pedro e Paulo eram vizinhos e estavam a caminho do trabalho no mesmo local
Estava no mesmo carro. Pedro e Paulo eram vizinhos e estavam a caminho do trabalho no mesmo local
Socorridos com vida
Do aparelho
Allan Duarte Jesus Silva, de 29
Pilotava o avião e teve queimaduras. Estava com a habilitação em dia
Thiago Funghi A. Torres, de 30
Estava no avião e foi socorrido com queimaduras pelo corpo
Srrael Campras dos Santos
Estava no avião e também se queimou. Na Anac, aparece como operador do aparelho