Uma das vítimas da queda de um avião no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, ainda não foi identificada pelo Instituto Médico Legal (IML). As queimaduras sofridas por Paulo Jorge de Almeida, de 61 anos, não permitiram que a Polícia Civil identificasse legalmente, impedindo de liberar o corpo.
Os procedimentos habituais, como a coleta de digitais ou exame de odontologia legal, não foram possíveis devido à grande carbonização sofrida pelo corpo da vítima. Com isso, o IML conta com uma amostra para extrair o DNA do corpo.
Segundo o superintendente técnico-científico Thales Bittencourt de Barcelos, o trabalho não tem prazo para ser concluído. “A gente fala ‘suposto Paulo Jorge de Almeida’. Só confirmamos a vítima após os procedimentos técnicos científicos. Os exames de DNA são tidos como prioridade para que o corpo seja entregue a família, mas pode demorar”, explicou o legista. “Estamos fazendo o possível para que o corpo seja liberado quanto antes”, reiterou.
As outras vítimas que morreram no acidente, Pedro Antônio Barbosa, de 54 anos, Hugo Fonseca da Silva, de 38, e o piloto Allan Duarte de Jesus Silva, de 29, foram identificadas e liberadas.
O médico-legista ressaltou que a causa da morte de Allan Duarte, que foi resgatado com vida, mas morreu no Hospital João XXIII, foi a queimadura. “Com o piloto não houve lesão. Ele morreu por queimaduras e não fraturas ou pelo trauma da queda. Sofreu com quase 100% da superfície corporal queimada”, disse.
Os outros dois pacientes seguem internados em estado grave. Um deles teve 55% da área corporal queimada e o outro com 32% do corpo atingido. Todos eles passaram por cirurgia e foram encaminhados para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital João XXIII. Em boletim divulgado às 12h18 desta quarta-feira, a Fhemig informou que ambos estão graves e estáveis clinicamente.
* A estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.