A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que acusava o jogador Juani Cazares, do Atlético, de estupro e lesão corporal. De acordo com as investigações, não há indícios suficientes de autoria ou mesmo materialidade para indiciamento do jogador. A decisão foi tomada após a polícia colher depoimento de diversos envolvidos.
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'Não há elementos contundentes', diz delegado sobre acusação de estupro contra CazaresJovem acusa Cazares de estupro e lesão corporal; jogador será ouvidoConfusão com Cazares ocorreu por uso de drogas em festa, diz jogadorCazares, do Atlético, é alvo de denúncia de agressão contra mulher em Lagoa Santa Idoso acusado de abusar de menina é linchado no Norte de Minas 'Eu acreditei nessa escolinha', diz mãe que denuncia agressão ao filho de 1 anoOs depoimentos foram prestados inicialmente em uma delegacia em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Três amigos (dois homens e uma mulher) e um primo do atleta também foram ouvidos. Ninguém foi preso.
Segundo o delegado Marcelo Mendel, que comandou as investigações no dia do recebimento das acusações, não houve provas suficientes para prender algum dos suspeitos. "Não há elementos mais contundentes que possam respaldar e lastrear a declaração da suposta vítima", disse Mendel. Ele ressaltou, ainda, que a acusação de estupro era sustentada apenas pela mulher.
As investigações prosseguiram na delegacia de Lagoa Santa, onde o jogador tem uma casa, local da festa ocorrida durante a madrugada de 9 de setembro. O inquérito durou 30 dias.
Dinheiro
As partes envolvidas divergiram também sobre uma quantia de R$ 10 mil. Em depoimento, as mulheres que acusam o atleta disseram que Cazares as ofereceu o dinheiro para que o caso não vazasse para a imprensa, nem fosse parar na polícia. O jogador, no entanto, alega ser vítima de extorsão, conforme a polícia.
A festa
O jogador alega que tudo começou porque as mulheres estavam demorando muito no banheiro. Por isso, ele solicitou que outra pessoa verificasse o que elas faziam lá. Nesse momento, essa pessoa disse ao equatoriano que as duas jovens usavam drogas no banheiro. Ele, então, teria as expulsado da reunião.
As mulheres estavam reticentes para sair da residência e outros convidados entraram na discussão. Elas afirmam, porém, que pertences pessoais foram furtados durante a festa. Por isso, entraram em discussão com outros convidados, o que resultou, segundo elas, em agressões físicas por parte dos amigos e do jogador.