Teve início a reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) para analisar a Licença de Operação Corretiva (LOC) da Samarco Mineração, no Complexo Germano, em Mariana, nesta sexta-feira, no Auditório da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).
São 12 conselheiros com direito a voto e, conforme a reportagem apurou, a tendência é que a maioria vote a favor da liberação. No entanto, não sem protestos dos ambientalistas. O licenciamento é para Mariana, mas os ambientalistas fizeram um "bolo de lama" para relembrar os nove meses de rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão em Brumadinho, em 25 de janeiro.
Rodrigo Ribas, superintendente de projetos prioritários da Semad, adiantou à imprensa que o órgão deverá votar de forma favorável à retomada das atividades. O secretário de desenvolvimento do Espírito Santo, Marcos Kneipe, que deverá falar na reunião, também defende a retomada das atividades. Segundo ele, a descontinuidade das atividades da empresa, há quatro anos, traz prejuízos econômicos para o estado. Segundo ele, a empresa é responsável por 6% do PIB do estado.
A ambientalista Maria Teresa Corujo, do Movimento pelas Serras e Águas de Minas, afirmou que há muitas inconsistências no parecer apresentado pela Semad. Ela defendeu que antes da retomada das atividades pela Samarco, deveria ocorrer o descomissionamento da barragem de Germano. Ela alertou para o risco de outro rompimento de barragem, que pode trazer danos à população e à bacia do Rio Doce.
A assessoria de imprensa da Samarco informou que, caso a licença seja aprovada, as atividades deverão ser retomadas em um ano.