Uma tempestade de chuvas torrenciais acompanhadas de ventos fortes deixou ao menos um morto esta madrugada em Viçosa, na Zona da Mata Mineira. O temporal também provocou destruição no campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde derrubou árvores, destelhou prédios, além de danificar equipamentos e laboratórios de pesquisa.
Leia Mais
Prefeitura de Viçosa decreta emergência em áreas afetadas pela chuvaMEC vai repassar R$ 5 milhões para a UFV após temporalTempestade de granizo atinge Itabirito e deixa moradores sem luzVentania joga estrutura metálica de 14º andar na Avenida Cristiano Machado"Até o momento, não há registro de outros óbitos ou feridos. Estamos trabalhando intensamente para retirar as árvores caídas pelas vias da cidade. Foram muitas. Os maiores estragos da chuva foram detecatados no campus da UFV", relata o soldado Ian Gabriel Pereira Martins, do 3º Pelotão da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Devastação na UFV
Segundo o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Demetrius Silva, ainda não há um balanço do prejuízo causado na instituição.
Um vídeo feito por professores e funcionários do departamento Engenharia de Florestal mostra várias estufas significamente danificadas.
"Por enquanto, estamos concentrados no restabelecimento da energia elétrica e da internet, ou seja, nos problemas estruturais. Entrei em contato com os responsáveis por todos os departamentos da universidade para que abram as unidades e verifiquem o que perdemos e o que ainda dá para salvar", conta o reitor.
O dirigente afirma que as aulas na instituição serão retomadas normalmente na terça-feira (29), após o feriado do dia do servidor público, comemorado na próxima segunda (28). Alguns eventos, no entanto, tiveram que ser cancelados, como a Feira do Conhecimento, realizada em parceria com escolas públicas de Viçosa, bem como atividades programadas por ocasião do Outubro Rosa.
Nuvens gigantes
Tempestades deste tipo, com nuvens gigantes, têm se tornado comuns nessa época do ano desde 2008, de acordo com Ruibran dos Reis, meteorologista do Clima Tempo. Embora ainda não seja verão, esses pancadões de chuva, de curta duração, ocorrem em outubro.
"Uma frente fria atua em Minas desde o último domingo. Com a umidade alta e a elevação da temperatura, acabam se formando esses aglomerados de nuvens gigantes. A base delas fica entre 800 e 1200 metros e topo pode chegar a 12 quilômetros. Isso leva a rajadas e ventos e também granizo", explica Reis.
De acordo com o metereologista, neste fim de semana há potencial para tempestades desse tipo nas regiões Norte, Noroeste, Leste, Nordeste e ainda alguns municípios da Zona da Mata.