Jornal Estado de Minas

RECONHECIMENTO

Série de reportagens do Estado de Minas vence Prêmio CNT



A qualidade do jornalismo do Estado de Minas foi reconhecida com mais uma premiação em nível nacional. A série “Para onde vamos – Mobilidade x modernidade”, produzida pelo repórter Guilherme Paranaiba, com fotos do repórter fotográfico Paulo Filgueiras, ilustrações de Quinho e Lelis, além de infográficos de Soraia Piva e Paulinho Miranda, venceu o Prêmio CNT de Jornalismo, na categoria Impresso. As reportagens, publicadas durante sete dias, tiveram como tema os cinco anos da chegada dos aplicativos de transporte a Belo Horizonte, marcada pela estreia do Uber, e os impactos no trânsito da capital mineira de todas as tecnologias que se seguiram ao fenômeno.



Pontuadas por depoimentos de especialistas e entrevistas com usuários e trabalhadores, as reportagens abordaram os impactos da tecnologia de aplicativos para smartphone na mobilidade da cidade. “Essa discussão veio no momento certo, é de grande utilidade para toda a população. Toda essa tecnologia entrega uma série de facilidades, que muitas vezes mascaram os desafios que isso representa para a mobilidade na cidade”, comenta o repórter Guilherme Paranaiba. A série abordou desde o transporte de passageiros, tanto por ônibus quanto por carros, bicicletas compartilhadas, entre outros.

A chegada do aplicativo de transporte de passageiros abriu caminho para uma série de inovações no setor, de plataformas ligadas à entrega de alimentos e mercadorias com bicicletas e motos ao mais recente app de compartilhamento de patinetes. Uma inovação que trouxe não só mais facilidade, mas também uma série de desafios e polêmicas, inclusive com meios de mobilidade tradicionais, como os táxis e ônibus. “Buscar revelar esses dois lados e apontar tendências para o leitor foi a missão que norteou a equipe de reportagem do Estado de Minas”, comenta o editor Roney Garcia, responsável pela concepção e edição da série.

Publicada durante uma semana, a série de reportagens mostrou, por meio de textos, fotos e infográficos, como Belo Horizonte e seus habitantes vêm lidando com as inovações entregues pelos apps, e com seus efeitos colaterais. “Do dia a dia do mais recente patinete ao pioneiro aplicativo de transporte de passageiros, que completa cinco anos, cada edição procurou mostrar mais do que o usuário consegue perceber no imediato toque do celular, seja para pedir uma pizza ou contratar a próxima corrida, e como essa legião vem interferindo na mobilidade urbana, portanto nas vidas de todos os cidadãos”, explica Roney.



“A satisfação se torna maior ainda com a conquista do Prêmio CNT. Esse é o meu primeiro trabalho solo premiado”, lembra Guilherme, que tem 30 anos e 10 de profissão, todos no Estado de Minas, onde começou como estagiário. "Foi o reconhecimento de um trabalho sério de reportagem para revelar detalhes de um fenômeno que vem transformando nossa rotina, e a de várias cidades pelo mundo, sem que muitas vezes percebamos”, destaca Roney. “A premiação de uma série de reportagens reafirma a importância do investimento em conteúdos exclusivos e relevantes para o leitor”, complementa o diretor de redação, Carlos Marcelo.

A entrega da premiação será em 4 de dezembro, durante cerimônia em Brasília (DF). O Correio Braziliense, também dos Diários Associados, está entre os vencedores da premiação. A reportagem "O esquecido caminho das águas", dos jornalistas Leonardo Cavalcanti, Luiz Calcagno e Cláudia Dianni, levou o prêmio na categoria Meio Ambiente e Transporte. A matéria mostra como a escassez do transporte público prejudica o acesso da população das áreas rurais do Distrito Federal ao emprego, à educação, à saúde, à segurança e ao lazer.

O Prêmio CNT de Jornalismo é uma das premiações mais tradicionais do Brasil e, ao longo de duas décadas e meia, inseriu o tema de transportes no cotidiano das redações brasileiras. A premiação leva em conta aspectos como relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade, a qualidade editorial, a criatividade e a originalidade e a atualidade dos temas.

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