O homem de 25 anos que foi preso em flagrante pela morte de uma menina de 5 no Bairro Vila Cristina, em Betim, na Grande BH, foi encaminhado a um centro médico do sistema prisional de Minas Gerais. A informação é da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
A vítima e o irmão dela, de 7 anos, estavam a caminho da escola com a cuidadora dos dois quando o agressor se aproximou e esfaqueou a menina. A babá tentou protegê-la, mas não conseguiu. A família do autor do crime disse que ele tem esquizofrenia e estava em surto quando atacou a menina. O homem quase foi linchado por testemunhas, mas a polícia interveio e ele foi detido.
O crime ocorreu na última quarta-feira, dia 30. De acordo com a Sejusp, o preso deu entrada nessa quinta-feira no Centro de Apoio Médico e Pericial de Ribeirão das Neves, também na região metropolitana, uma unidade prisional de saúde do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, onde são realizadas perícias médicas determinadas pelo Poder Judiciário e tratamentos psiquiátricos”, diz a nota enviada pela secretaria nesta sexta-feira.
Ainda de acordo com a Sejusp, a última passagem do criminoso pelo sistema prisional havia sido em dezembro de 2018, no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Betim. Em agosto deste ano, a Justiça determinou ele fosse monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. E, em 27 de setembro, “a Justiça determinou a retirada da tornozeleira e a interrupção do monitoramento”, conforme a secretaria. No entanto, a polícia e testemunhas disseram que ele estava com o equipamento no momento do crime.
A menina foi sepultada na manhã de ontem no Cemitério Parque Jardim da Cachoeira, em Betim. A cerimônia foi marcada por gritos por "justiça". A menina morreu com cinco perfurações na nuca, pescoço, tórax e traqueia.
Consta no boletim de ocorrência que, ao ser questionado sobre o motivo do ataque em um primeiro contato, o agressor respondeu que teve um surto. Já dentro da viatura, disse que “estava fazendo um pacto com o diabo”. Na UPA, falou que havia fumado crack a noite toda. Ainda segundo a polícia, ele dizia que havia recebido uma "ordem do patrão" para matar uma criança naquele dia.