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Estado de Minas Novo templo

Fé no traço do mestre: obra da Catedral Cristo Rei evidencia curvas de Niemeyer

Obras da Catedral Cristo Rei, em BH, começam a mostrar as inconfundíveis curvas do projeto de Oscar Niemeyer


03/11/2019 06:00 - atualizado 03/11/2019 08:20

O engenheiro Antônio Márcio de Freitas indica o avanço da construção, na qual já foram empregados cerca de 2 mil caminhões de concreto
O engenheiro Antônio Márcio de Freitas indica o avanço da construção, na qual já foram empregados cerca de 2 mil caminhões de concreto (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

Na véspera de completar seis anos de obras, a Catedral Cristo Rei, na Região Norte de Belo Horizonte, começa a mostrar as famosas “curvas de Niemeyer”, marca registrada do autor do projeto arquitetônico, Oscar Niemeyer (1907-2012), que apresentou a concepção do templo, em 2006, ao arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e hoje presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Em concreto armado, as formas estão presentes na cobertura do altar externo, vão livre de 8,5 metros que se inicia com 11m e se abre em 21m de largura na parte da frente. Hoje, em missa celebrada no futuro auditório da catedral, dom Walmor vai lançar a Campanha do Cimento, convidando moradores e paróquias a fazerem doações fundamentais à edificação da Tenda da Paz ou nave da Catedral Cristo Rei.

 

Também neste domingo, às 10h30, no espaço da catedral, com capacidade para cerca de mil pessoas e com 2,8 mil metros quadrados, haverá um momento especial. O arcebispo fará a entronização da imagem de Santa Dulce dos Pobres a ser enviada à paróquia batizada com o nome do Anjo Bom da Bahia, como a religiosa ficou co- nhecida. Única do estado em louvor à freira canonizada há duas semanas pelo papa Francisco, a paróquia congrega nove comunidades de fé do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul da cidade. À frente de um grupo de moradores estará o padre João Batista Leocádio Silva, que encomendou a peça, com 1,20m de altura, a um escultor de São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes.

 

Na manhã de terça-feira, quando o céu estava bem azul, o engenheiro civil da obra, Antônio Márcio de Freitas, mostrou ao Estado de Minas a evolução do serviço conduzido em terreno na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Juliana, onde existe a Tenda Cristo Rei. “Já temos 38% da obra concluída. O altar, por exemplo, com área de 280 metros quadrados e localizado na área de celebrações, deverá ficar pronto em janeiro. Trata-se de espaço para grandes missas, e está sendo chamado por dom Walmor de Concha Acústica da Amizade.”

 

CÚPULA No comando de 50 operários, contratados pela própria Arquidiocese de BH, Antônio Márcio acredita que, se em meados de 2020 for iniciada a construção da cúpula da catedral, será possível concluí-la até o início de 2022, a tempo das comemorações do centenário da arquidiocese. Nos seis anos de obras, que se completam amanhã, foram empregados R$ 51 milhões – o custo total previsto é de R$ 150 milhões. Em entrevista ao EM, dom Walmor mantém acesa a chama da esperança e da confiança nas doações dos fiéis: “Entre 11 de fevereiro de 2021 e 11 de fevereiro de 2022, vamos comemorar os 100 anos da arquidiocese. Então, acreditamos, será possível concretizar o sonho do primeiro arcebispo de BH, dom Antônio dos Santos Cabral (1884-1967).”

 

Pela movimentação de operários no canteiro de obras, ninguém duvida se tratar de um projeto monumental e superlativo em todos os aspectos. Antônio Márcio revela terem sido usados, até hoje, 15,2 mil metros cúbicos de concreto, o equivalente a 2 mil caminhões carregados. Caminhando pela área, há surpresas, mas nada se compara a ver as célebres curvas concebidas pelo arquiteto carioca. Admirador de Niemeyer, o engenheiro confessa a emoção de pôr em prática o projeto concebido por ele, embora com desafios.

 

Segurando com a mão esquerda uma das plantas do projeto, o engenheiro aponta o indicador direito para a estrutura de concreto que vai avançar sobre o espaço. “Foram necessárias 340 cambotas de madeira em 53 fôrmas diferentes para seguir rigorosamente o projeto de Niemeyer”, disse Antônio Márcio sobre os moldes das curvas, localizadas no Setor B da construção, um dos nove setores do complexo Cristo Rei.

 

FUTURO Iniciada em 2013, dois anos depois de instalada uma cruz de 20 metros de altura, que pode ser vista da Avenida Cristiano Machado, a construção da Catedral Cristo Rei segue o projeto de Niemeyer no compasso das ajudas voluntárias. Na estrutura sob a Praça das Famílias, em formato ovalado, haverá uma série de setores de evangelização e prestação de serviços, como a Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida, o auditório com 800 lugares, cinco museus, escola de música e especializada na arte dos mosaicos, entre outros. A evangelização, por sinal, começou em 2015, no canteiro de obras, ao ser erguida a Tenda Cristo Rei, aberta diariamente e com programação que inclui missas, orações do terço e atendimento de confissões. Futuramente, o espaço poderá ser usado como hospedagem para o clero.

 

A atual fase de trabalhos na Catedral Cristo Rei é fundamental, pois cria “a base” para a construção da cúpula e dos pórticos brancos, com 100m de altura, que, conforme o projeto de Niemeyer, se assemelham à vela de um barco, asas ou, dependendo da interpretação de cada um, dedos se tocando. Outro destaque será o piso da Praça das Famílias, com seu formato ovalado, ficará dois metros acima do nível da Avenida Cristiano Machado.

 


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