Dia de festa e orações na Catedral Cristo Rei, que, segunda-feira (4), completa seis anos em obras no Bairro Juliana, na Região Norte da capital. Em missa iniciada às 11h e celebrada pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi abençoada a imagem de Santa Dulce dos Pobres, que, na sequência, será levada para o Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul da cidade. O local, com 34,3 mil habitantes, reúne nove comunidades de fé e é a única paróquia, no estado, dedicada à freira recém-canonizada e chamada de Anjo Bom da Bahia.
O presidente da CNBB lançou neste domingo, inclusive, a Campanha do Cimento, pedindo a contribuição dos fiéis para construir a cúpula da Catedral Cristo Rei.
Segundo dom Walmor, que chegou sexta-feira (1) de Roma, onde participou no Vaticano do Sínodo da Amazônia, quando seminarista conheceu Irmã Dulce e disse que a religiosa deixou uma lição muito importante para o mundo atual que é o amor aos pobres: "Quem seguir o exemplo, fará o melhor pela nossa sociedade".
À frente do grupo de moradores católicos do Aglomerado da Serra presentes na Catedral Cristo Rei está o titular da Paróquia Santa Dulce dos Pobres, padre João Batista Leocádio Silva, que, à noite, vai celebrar com os fiéis na comunidade para receber a peça sacra. Ele encomendou a imagem, com 1,20 metro de altura a um escultor de São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes.
A Paróquia Santa Dulce dos Pobres é formada por uma rede de comunidades de fé com nove templos, tendo sido criada em 2012 por dom Walmor. Em entrevista, Padre João destaca que a região tem tudo a ver com o trabalho desenvolvido por Irmã Dulce em Salvador (BA), e acredita que, se ela vivesse em BH, encontraria no aglomerado um terreno fértil para as ações sociais.
AÇÃO SOCIAL Com a vida dedicada aos pobres, Irmã Dulce nasceu em Salvador (BA) em 1914 e foi batizada Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Em 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). No mesmo ano, recebeu o hábito e adotou, em homenagem à mãe, o nome de Irmã Dulce. Dois anos depois, já na Bahia intensificou os trabalhos de amparo aos pobres. A freira se tornou reconhecida por trabalho dedicado aos enfermos que vivem nas ruas. Morreu aos 77 anos, em 13 de março de 1992.