Os três militares acusados de envolvimento na tentativa de assassinato de uma investigadora da Polícia Civil e na morte do marido dela, o mecânico Filipe Sales, em abril de 2015, no Barreiro, em Belo Horizonte, estão sendo julgados por júri popular nesta quarta-feira.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados Daniel Fernandes Alves Pinto, André Willian Murray e Hamilton Brunno Penido Brandão efetuaram disparos de arma de fogo em via pública, o que chamou a atenção das vítimas, que foram verificar o que ocorria, quando foram surpreendidos pelos militares que atiraram e atingiram o mecânico e a investigadora.
O MP ainda aponta que os acusados Daniel e André retiraram da cena do crime as armas de fogo da policial e de seu marido e, por esse motivo, respondem ainda, por fraude processual.
Os réus estão presos há mais de quatro anos, com exceção de Daniel Fernandes Alves Pinto, que teve a prisão relaxada em 23 de agosto de 2019 e está com tornozeleira eletrônica.
Entenda o caso
O crime ocorreu em 28 de abril de 2015. Os três amigos, à paisana, efetuaram vários disparos na região da mata da Copsa no período da tarde. Quando saíam da mata, por volta das 18h, perceberam um casal se aproximar.
Perto de um pontilhão na linha férrea que corta a região, os militares viram Filipe e a esposa andando com armas em punho. Na época dos fatos, os militares relatam um mal-entendido naquele momento, pois pensaram que seriam alvo de assalto.
Ocorreu então uma intensa troca de tiros entre os envolvidos. Filipe morreu no local dos disparos e a investigadora foi atingida por um tiro no abdômem.