Jornal Estado de Minas

BH concorre a prêmio mundial de Cidade Inteligente com projeto de inclusão

O prefeito Alexandre Kalil anunciou que Belo Horizonte é finalista no concurso  World Smart Award (Prêmio Mundial de Cidades Inteligentes) com o projeto Programando os sonhos delas, desenvolvido pela Prodabel, empresa de informática e informação da capital. O projeto foi apresentado nesta quinta (7), no primeiro dia de greve dos professores municipais. "Esse prêmio é muito importante e mostra que estamos indo para caminho legal, inclusivo", disse Kalil, que não concedeu entrevista à imprensa. 





 

Uma das jovens beneficiadas, Jéssica Rainara de Oliveira, de 17 anos, conseguiu vaga de emprego, na própria Prodabel, depois de integrar o projeto Programando os sonhos delas na turma piloto. "A gente tem acompanhado a dificuldade no mercado de trabalho para todo mundo, mas em específico para mulheres que têm filhos e são casadas. Mesmo com formação, é difícil", diz. Ela conta que quando soube que havia conquistado à vaga na Prodabel se emocionou. "Chorei", contou.

 

Jéssica  acredita que a formação como programadora a habilita para atuar em diversas áreas. "A programação está incluída em todas as profissões. Por ser curso gratuito, abrange todo mundo, quem precisar e quiser fazer", diz. Ela começou com o curso de inclusão digital, depois fez o curso de manutenção de redes e, por fim, o curso de progamação.

 

O secretário municipal de desenvolvimento econômico, Cláudio Beato, destacou que a inclusão de mulheres na área de tecnologia é uma discussão crescente no mundo inteiro. "A prefeitura de Belo Horizonte está se antecipando a essa nova questão, que é a inclusão das mulheres no mundo digital. Temos expectativa muito grande. Dentro dos projetos selecionados, o nosso tem grande chance", afirmou.





 

Cerca de 1,2 mil mulheres fizeram inscrição para a formação. No momento, 40 fazem o curso, mas todas poderão fazer. "Essas 1,2 mil foram classificadas pelo seu conhecimento em tecnologia e entram em momentos distintos da jornada de aprendizagem e profissionalização. Algumas entram na informática básica e outras já entram na etapa de programação de computadores", informou Leandro Garcia, diretor-presidente da Prodabel.

 

Houve chamamento público para s mulheres participarem do curso de formação e foi feita a classificação pelo nível de conhecimento que cada uma tem sobre tecnologia. "Estamos construindo modelo para que todas que têm interesse consigam participar", disse o diretor. As interessdas ainda podem se inscrever no

no Centro de Referência de Assistência Social (Cras). 

 

As mulheres têm idades que variam de 16 a 50 anos, com nível de formação diverso. "Temos pessoas que já faziam outros cursos conosco. Mas temos a participação de mulheres de todo perfil. Fiquei impressionado: tem pessoa com curso superior. Tem pessoas com outras profissões, que buscam reposicionamento no mercado de trabalho. A grande maioria está em situação de vulnerabilidade social", diz Leandro 

 

(foto: Márcia Maria Cruz/EM/DA PRESS)
Os cursos são feitos dentro da Diretoria de Inclusão Digital da Prodabel, em empresas parceiras, que cedem espaços e professores. "O objetivo é que o curso seja o mais próximo do mundo real possível", afirma. Da primeira turma que se formou, 70% estão posicionados no mercado de trabalho com profissão na área de tecnologia, programador júnior e  analista.